As verdades da justiça
"O actual poder executivo passou a dizer que os tribunais fecham três meses por ano, o que não é verdade; passou a declarar que os juízes precisam de trabalhar mais para ter a justiça em dia, o que é inverdade; passou a afirmar que os juízes querem estar acima de tudo e de todos, o que não é verdade.”
Já anteriormente (“O purgatório da justiça”) tínhamos estranhado que as mais altas responsabilidades da justiça portuguesa estivessem entregues a um homem que nas suas intervenções aparenta dificuldade em acompanhar o que lê.
Se a justiça portuguesa correspondesse à sua imagem, às estátuas que a representam cega deveriam juntar-lhe a surdez, por não reagir às gargalhadas que provoca.
Os juízes poderão obter a compreensão do Presidente da Republica, quando se queixam deste governo e das suas condições de trabalho. Mas, estando o governo em funções há oito meses, como poderão convencer o país de que os palácios onde trabalham são os únicos responsáveis pela degradação da justiça nas últimas décadas?
Será por isso que o povo acredita nas “mentiras” do governo e não nas “verdades” dos juízes, como lamenta o Presidente do Supremo Tribunal de Justiça?
Já anteriormente (“O purgatório da justiça”) tínhamos estranhado que as mais altas responsabilidades da justiça portuguesa estivessem entregues a um homem que nas suas intervenções aparenta dificuldade em acompanhar o que lê.
Se a justiça portuguesa correspondesse à sua imagem, às estátuas que a representam cega deveriam juntar-lhe a surdez, por não reagir às gargalhadas que provoca.
Os juízes poderão obter a compreensão do Presidente da Republica, quando se queixam deste governo e das suas condições de trabalho. Mas, estando o governo em funções há oito meses, como poderão convencer o país de que os palácios onde trabalham são os únicos responsáveis pela degradação da justiça nas últimas décadas?
Será por isso que o povo acredita nas “mentiras” do governo e não nas “verdades” dos juízes, como lamenta o Presidente do Supremo Tribunal de Justiça?
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