Incêndios, subsídios e gasóleo verde
Nos últimos dias, os telejornais têm dado cobertura às reclamações das corporações de bombeiros e agricultores. De facto limitam-se a transmitir imagens e emprestar os microfones, porque as notícias não esclarecem o que está em causa, como competia.
Quanto aos bombeiros, não há dia sem uma história nos telejornais. Seja porque o INEM ameaça reduzir a sua intervenção no socorro pré hospitalar, seja porque o governo decide criar um corpo especial na GNR ou, simplesmente, porque o responsável da protecção civil de uma qualquer freguesia não é bombeiro.
Em tudo as corporações de bombeiros vêem uma ameaça ao seu monopólio de apagadores de fogos, mas o que verdadeiramente temem é a diminuição das verbas com que o orçamento as contempla.
Porém, se ninguém ousa afirmar que quanto mais a verba aumenta, maiores são as áreas ardidas, a verdade é que as estatísticas são como o algodão: não enganam.
Contrariamente às dos bombeiros, as reclamações da CAP – se dissesse agricultores, traía a memória de meu pai – têm a vantagem de assumir publicamente o objectivo da sua luta: O SUBSÍDIO.
A CAP sempre se identificou com a agricultura fidalga das grandes propriedades e da baixa produtividade. Nunca se distinguiu pela defesa do desenvolvimento do meio rural, nem pela melhoria da produtividade da nossa agricultura, e não deve ser por acaso que a grande fatia dos subsídios é açambarcada pelos distritos onde a estrutura fundiária é a da grande propriedade.
Distritos como o da Guarda ou de Viana do Castelo, onde a área média da propriedade rondará o hectare, recebem quantias irrisórias.
Mas se é certo que os agricultores desses distritos não se podem dar ao luxo de desfilar em grandes tractores subsidiados, não é menos verdade que a probabilidade de serem apanhados em jipes movidos a gasóleo verde também é menor...
Quanto aos bombeiros, não há dia sem uma história nos telejornais. Seja porque o INEM ameaça reduzir a sua intervenção no socorro pré hospitalar, seja porque o governo decide criar um corpo especial na GNR ou, simplesmente, porque o responsável da protecção civil de uma qualquer freguesia não é bombeiro.
Em tudo as corporações de bombeiros vêem uma ameaça ao seu monopólio de apagadores de fogos, mas o que verdadeiramente temem é a diminuição das verbas com que o orçamento as contempla.
Porém, se ninguém ousa afirmar que quanto mais a verba aumenta, maiores são as áreas ardidas, a verdade é que as estatísticas são como o algodão: não enganam.
Contrariamente às dos bombeiros, as reclamações da CAP – se dissesse agricultores, traía a memória de meu pai – têm a vantagem de assumir publicamente o objectivo da sua luta: O SUBSÍDIO.
A CAP sempre se identificou com a agricultura fidalga das grandes propriedades e da baixa produtividade. Nunca se distinguiu pela defesa do desenvolvimento do meio rural, nem pela melhoria da produtividade da nossa agricultura, e não deve ser por acaso que a grande fatia dos subsídios é açambarcada pelos distritos onde a estrutura fundiária é a da grande propriedade.
Distritos como o da Guarda ou de Viana do Castelo, onde a área média da propriedade rondará o hectare, recebem quantias irrisórias.
Mas se é certo que os agricultores desses distritos não se podem dar ao luxo de desfilar em grandes tractores subsidiados, não é menos verdade que a probabilidade de serem apanhados em jipes movidos a gasóleo verde também é menor...
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