quarta-feira, março 08, 2006

O Estado e a Arte

O programa de Paulo Porta, “O Estado da Arte”, insere-se na linha dos programas de Marcelo Rebelo de Sousa e de António Vitorino na RTP. Dos três, apenas MRS justifica pelo seu passado o rótulo de comentador.

Os outros dois são aproveitamentos televisivos de proeminentes figuras partidárias, o que não deixa de ser paradoxal quando o povo acaba de premiar nas presidenciais os candidatos que se afirmaram pelo distanciamento dos partidos.

Na prática são vozes partidárias que aproveitam o tempo de antena para abordar o que lhes convém, sem risco de contradição. A presença dos jornalistas é decorativa e, por acaso, são mulheres.

Ontem Paulo Portas disse o que sabíamos: Confirmou que já não é a criança que era no 25 de Abril, nem o rapaz que disparatava no “O Independente”. Para o provar disse que votou em Cavaco por duas vezes.
Mas demarca-se do Presidente da República a empossar amanhã: Ao contrário de Cavaco Silva que vai jurar defender a Constituição, Paulo Portas responsabiliza o texto constitucional pelo atraso do país, embora não se tenha dado à maçada de explicar porquê.

Já sabíamos que o ilusionismo é a especialidade de Paulo Portas, mas, como se viu há um ano, essa Arte não faz bem ao Estado.

1 Comentários:

Às 08/03/06, 11:26 , Blogger j disse...

Não vi.
Ilusionismo por ilusionismo, prefiro o do David Copperfield...

 

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