Uma vela no Rossio
O blogue Rua da Judiaria tem vindo a pedir aos seus leitores que no dia 19 acendam uma vela no Rossio para lembrar as vítimas dos tumultos ocorridos em 1506.
Era ainda a ressurreição de Jesus, algo em que os judeus não acreditam, que se celebrava naquele domingo de pascoela, 19 de Abril. A peste assolava Lisboa e o medo enchia as igrejas rezando por um milagre que acabasse com o flagelo que matava mais de 100 pessoas por dia. Na luz que aparecia sem explicação num altar da Igreja de S. Domingos o povo viu o sinal por que ansiava.
Mas há sempre quem ponha em causa a fé dos crentes e logo havia de ser um cristão-novo a negar aquilo em que todos queriam acreditar. Não foi difícil convencer a turba fanatizada de que aqueles que duvidavam dos milagres de Deus eram a causa do castigo divino, a peste. E por três dias o ódio varreu da cidade.
Segundo alguns, terão morrido 4000 pessoas, na sua maioria cristãos-novos, ou 2000, segundo outros. Em qualquer caso uma chacina.
Estas vítimas merecem ser lembradas, mas a memória dos mortos de há 500 anos não pode servir para afrontar os vivos.
Por herança, não há ninguém inocente desde Caim.
Era ainda a ressurreição de Jesus, algo em que os judeus não acreditam, que se celebrava naquele domingo de pascoela, 19 de Abril. A peste assolava Lisboa e o medo enchia as igrejas rezando por um milagre que acabasse com o flagelo que matava mais de 100 pessoas por dia. Na luz que aparecia sem explicação num altar da Igreja de S. Domingos o povo viu o sinal por que ansiava.
Mas há sempre quem ponha em causa a fé dos crentes e logo havia de ser um cristão-novo a negar aquilo em que todos queriam acreditar. Não foi difícil convencer a turba fanatizada de que aqueles que duvidavam dos milagres de Deus eram a causa do castigo divino, a peste. E por três dias o ódio varreu da cidade.
Segundo alguns, terão morrido 4000 pessoas, na sua maioria cristãos-novos, ou 2000, segundo outros. Em qualquer caso uma chacina.
Estas vítimas merecem ser lembradas, mas a memória dos mortos de há 500 anos não pode servir para afrontar os vivos.
Por herança, não há ninguém inocente desde Caim.
1 Comentários:
Tens razão.
Porque mortos, não são apenas os que já morreram justa ou injustamente. Mortos são também todos os que vivem do passado.
Mas, será bom que não esqueçamos as vítimas de todas as ignomínias do passado, também para que o triste exemplo nos impeça de as repetir no presente.
Apenas recordo que, nos dias de hoje, os judeus são muitos outros...
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