sexta-feira, novembro 03, 2006

Abruptas escolhas

As lideranças do CDS e do PSD são frágeis como oposição e têm vindo a ser contestadas por sectores relevantes dos respectivos partidos. Não têm agenda própria, nem propõem alternativas credíveis, limitando-se a seguir e a contestar, sem critério coerente, os actos do executivo.

A fragilidade programática dos partidos que nos governaram até há pouco não é benéfica para a democracia, mas a arrogância e a manipulação de que acusam José Sócrates e a sua maioria é apenas o reverso da sua ineficácia e desorientação.

É por isso que a opinião dos analistas desse sector ideológico assume uma importância fundamental como factor de oposição, estando nuns casos a servir de muleta ao líder, -Marcelo Rebelo de Sousa e José Pacheco em apoio a Marques Mendes – e noutros como alternativa à própria liderança -Paulo Portas versus Ribeiro e Castro.

Mas, exceptuando Paulo Portas, que nunca se livrará do “Paulinho das Feiras”, ao assumirem o papel de liderança da opinião oposicionista, tanto MRS como JPP perdem a auréola de imparcialidade que forjaram ao longo dos anos e confundem-se com a contestação corporativa que, apesar de ser mais emotiva que racional, é, de facto, a única oposição visível ao governo.

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