sexta-feira, dezembro 15, 2006

A liberdade dos outros

José Pacheco Pereira pode não gostar da resposta que a ERC deu ao director do Público que acolheu nas páginas do seu jornal as suspeições lançadas por Eduardo Cintra Torres sobre a informação RTP.

Depois de ouvir toda a gente, a ERC concluiu que as acusações de manipulação da informação não tinham fundamento e, como lhe compete, alertou para a responsabilidade dos jornalistas que não confirmam a informação que bebem nas “fontes”.

É claro que JPP não gostou que a ERC tenha posto os pontos nos is, porque foi ele próprio que inventou a cabala da manipulação informativa da RTP pelo governo, chegando ao desplante de chamar “momento-Chavez” a qualquer aparição do primeiro-ministro.

Terá todo o direito de se solidarizar com o director do Público, ou com o que se escreve nesse jornal, mas não pode negar o direito de resposta à ERC e muito menos exigir a sua demissão por isso.

Reivindicar direitos que negamos aos outros também é censura.

1 Comentários:

Às 15/12/06, 12:16 , Anonymous Anónimo disse...

É muito pior que censura. É usar a sua posição dominante (como comentador e opinion-maker) para tirar proveito próprio.
Quanto a mim, há muito que tenho opinião formada acerca do personagem: auto-convencido, senhor de toda a verdade. Como o cerco se vai apertando à volta destes avatares bushianos, como ele e o director do jornal onde ele escreve (até tenho nojo de citar o nome dele...), tornam-se ainda mais arrogantes.
Realmente, nós não temos culpa que eles apreciem mais a democracia iraquiana do que os resultados de eleições totalmente livres na Venezuela, na Bolívia, no Brasil, no Equador,...
É pena que se continue a gastar tanto tempo com tão funestas figuras.
(jcm)

 

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