domingo, novembro 25, 2007

Relações difíceis

A relação difícil da GNR e da PSP com os cidadãos não é de hoje nem de ontem, vem dos tempos em que ambas as instituições eram instrumentos da repressão que agrilhoou o país durante meio século.
Nesse tempo, o conceito de “serviço” e o respeito pelos direitos dos cidadãos não estava obviamente na primeira linha das preocupações das suas chefias.
Mas, se ao fim de mais de trinta anos de democracia o estereótipo do cidadão-inimigo continua a orientar a formação dos agentes destas forças, torna-se claro que os seus professores não aprenderam nada com os oficiais que não dormiram no dia 25 de Abril.

Que o Inspector-Geral da Administração Interna se tenha apercebido disto, não tem nada de estranho.
Que o tenha dito num entrevista, revela coragem e talvez seja a sua obrigação.
Que os sindicatos das forças de segurança não tenham gostado e, como habitualmente, passem as culpas para o governo, também não é novidade.
Que o PSD peça a demissão do Inspector-Geral da Administração Interna é que é sintoma de uma descarada hipocrisia.

2 Comentários:

Às 25/11/07, 20:02 , Blogger Luis Eme disse...

Concordo contudo.

Aliás, tal como o senhor IGAI, também não percebo a teimosia de se manter duas polícias diferentes para o mesmo tipo de funções...

 
Às 29/11/07, 15:04 , Blogger j disse...

Só quem nunca teve de ser confrontado com algum dos "educados" agentes de qualquer dessas forças policiais é que pode ainda ter dúvidas acerca do que afirmou o sr. IGAI.
Deve reconhecer-se que há agentes para quem o cidadão é a razão das suas preocupações. Mas para a enorme maioria, o cidadão ou é o inimigo ou é, no mínimo, descartável. Porque eles servem o estado tal como o serviam nos tempos em que ninguém discutia estas "ninharias"!!!

 

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]

<< Página inicial