Guerra de almofadas
Por mais de uma vez, pela voz do ministro das finanças e do primeiro-ministro, o governo deu como justificação para as medidas de austeridades, mais gravosas do que as previstas pela Troika, a criação de folgas orçamentais.
Foi assim com o corte de metade do subsídio de Natal, mal tomou posse, e com o anúncio catastrofista do orçamento de estado para 2012.
Fiado nestas almofadas, António José Seguro, soprado pelos ventos de Belém e talvez incentivado por Passos Coelho, baixou a viseira e investiu contra o corte dos dois subsídios aos funcionários públicos e aos trabalhadores das empresas públicas. Chega um, porque há almofadas, disse, com o ar ameaçador que o caracteriza.
Não sei se tirou bem o azimute, ou se se distraiu. O certo é que acaba de tropeçar em Miguel Relvas, que, contrariando o discurso até agora produzido por Vítor Gaspar e Passos Coelho, jura que “não há almofadas” no Orçamento do Estado para 2012 que permitam salvaguardar um dos subsídios a retirar a pensionistas e trabalhadores do Estado, como defende o PS.
Por este andar, a “abstenção violenta” vai acabar numa guerra de almofadas…
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