Bretões e canhões
O Reino Unido, mais concretamente a Inglaterra, sempre teve
uma lei para consumo interno e uma lei para os de fora.
A reacção inglesa ao asilo
diplomático concedido pelo Equador a Julian
Assange, fundador do Wikileaks, mantendo que tudo fará para o
extraditar para a Suécia e impedir a sua saída do Reino Unido, revela que a
Inglaterra ainda sofre da sobranceria vitoriana que vem dos tempos em que a
lei internacional era ditada pelos obuses das suas canhoneiras.
Foi essa mesma sobranceria que esteve
na origem do Ultimato
britânico de 1890, que impôs a Portugal o abandono dos territórios da
actual Zâmbia e Zimbabwe, com o argumento de não estarem "ocupados com forças suficientes para
manter a ordem, proteger estrangeiros e controlar nativos".
A letra da Portuguesa, escrita como reacção a esta infâmia, era originalmente “contra os
bretões, marchar, marchar!“
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