Isto andava tudo muito misturado
José Sócrates ainda não apareceu na televisão, mas bastou a notícia de que ia aparecer para separar as águas.
Uns arrepelam-se todos porque não querem ver na televisão aquele que, na opinião deles, é o culpado de todas as desgraças que lhes aconteceram desde que se lembram. Outros querem o que o homem fale, porque pensam exactamente o contrário e acham que ele vai provar isso.
Tanto uns como outros estão errados. Os primeiros, aqueles que apontam a Sócrates a responsabilidade exclusiva da nossa crise, estão errados porque basta ver o que se passa em Espanha, Irlanda, Itália, Grécia ou Chipre, para se concluir que a crise que afecta a Europa pouco ou nada teve a ver com Sócrates.
Os segundos estão errados porque se há coisa que um político não consegue provar é que não teve culpa dos males que acontecem enquanto governa. São como os treinadores: Só são bons enquanto as equipas ganham.
No entanto, nem os que são contra devem ter calafrios, nem os que são a favor devem esperar milagres das intervenções televisivas de Sócrates. O mais provável será constatarem que o homem nem é o demónio em carne e osso, nem nenhum anjo caído do céu.
Porém, há um mérito que já ninguém lhe tira: As misturas acabaram.
Porém, há um mérito que já ninguém lhe tira: As misturas acabaram.
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