sexta-feira, abril 26, 2013

Surpresa, ou talvez não


A surpresa, o espanto, e a incredibilidade que por ai vai, e o rasgar de vestes de cavaquistas de sempre, como José Pacheco Pereira, pelo teor partidário do discurso do Presidente da República nas comemorações do 25 de Abril, só demonstra a benevolência que uma boa parte dos portugueses tem tido com Aníbal Cavaco Silva.
Porém, desde que Sá Carneiro o escolheu para ministro das finanças, o pensamento político de Aníbal Cavaco Silva, não mudou um milímetro: O homem de Boliqueime é o político português que mais de perto segue os ensinamentos do ditador de Santa Comba Dão. No entanto, tem um desempenho muito mais cínico e foi com esse cinismo que ganhou as eleições todas, fingindo ser o que não é,
Só agora é que os portugueses começam a dar-se conta do logro em que caíram.

Por isso, compreendo o espanto e até o rasgar de vestes, mas lamento a distracção: Este Cavaco Silva é exactamente o mesmo que fez intriga para derrubar o governo de Sócrates com o beneplácito de muitos dos que agora se surpreendem e continuaram a votar nele.

O que esperavam do biltre que privou com os trafulhas do BPN?
Não é apenas por se esquecer de José Saramago num evento literário que este Presidente da Republica é envergonhante. É sempre envergonhante...

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