As lágrimas de Paulo Portas
À saída do congresso do CDS, Paulo Portas não conteve as lágrimas. Se a genuinidade do choro levanta algumas dúvidas, poucos acreditarão que a despedida seja irrevogável.
Os últimos quatro anos deitaram por terra a credibilidade de um político que renegou todos os compromissos para repartir o pote com Passos Coelho, revelando quão cinicas eram as efabulações do "partido dos reformados" e do "partido dos contribuintes" com que enganou os portugueses.
Se fosse pessoa de bem, Paulo Portas deveria pedir desculpa e chorar baba e ranho, não por deixar de ser líder do CDS, mas por ter participado no pior governo do Portugal democrático, por ter cortado salários e pensões e por ser cúmplice do maior aumento de impostos de que há memória.
Se fosse pessoa de bem.
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