Saudades de Mário Nogueira
Nos últimos dias, vários comentadores (Paulo
Baldaia, João Miguel Tavares…) têm estranhado que Mário Nogueira não tenha
convocado greves nem manifestações contra este governo, à semelhança das que
convocou durante os governos de José Sócrates, que muito contribuíram para a
vinda da troica e o regresso da direita ao poder.
Porém, os Baldaias e Tavares que enxameiam a comunicação
social não estranharam que Mário Nogueira se fizesse de morto durante os quatro
anos em que Passos Coelho e Paulo Portas destruíram a economia e empobreceram o
país.
A estranheza da direita é o reconhecimento de que no passado a
FENPROF foi um seu poderoso aliado contra os governos do PS, uma nódoa de que Mário
Nogueira não se limpará facilmente.
É certo que a geringonça não apaga a história nem a memória, mas que
lhe sirva de exemplo para não cometer os mesmos erros.
Estranhar que um sindicato não faça greves contra o governo
que está a repor os salários e as pensões esbulhados pelo governo Passos/Portas,
é mais uma manifestação do cinismo em que a direita é costumeira.
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