O natal do cardeal
Desta vez o cardeal Clemente não falou dos colégios particulares. Desta vez a sua preocupação centrou-se em quem não tem "casa digna".
É uma preocupação legítima, mas seria útil que informasse quantos são os portugueses que não habitam numa "casa digna" e onde estão.
Também não definiu a "dignidade" a que deve obedecer a casa, o que deixa espaço para variadas conjecturas.
Que estatísticas terão levado o cardeal a considerar este assunto um magno problema em Portugal é um mistério, menor que o do natal, mas ainda assim um mistério.
Resumindo: o cardeal de Lisboa socorreu-se de lugares comuns para explicar o nascimento de Jesus à luz da actualidade, mas devia saber que, se nasceu numa manjedoira, não foi por não ter uma "casa digna".
Comparada com a mensagem de natal do primeiro-ministro (“a pobreza e a precariedade laboral são as maiores inimigas de uma melhor economia”), convenhamos que a do cardeal é de uma pobreza pouco digna.
Comparada com a mensagem de natal do primeiro-ministro (“a pobreza e a precariedade laboral são as maiores inimigas de uma melhor economia”), convenhamos que a do cardeal é de uma pobreza pouco digna.
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