segunda-feira, agosto 31, 2020

Politizar o impolitilizável

 Criticado por levar a cabo a festa do Avante num cenário de pandemia, o pcp, á falta de melhor argumento, politizou o assunto em vez de salvaguardar a saúde pública. 

Fica mal na fotografia, pois não é por chamar reacionarios aos que o criticam que ganha razão. Proporcionar ajuntamentos de pessoas no actual estado de pandemia é crime contra a saúde pública e, como tal, devia ser proibido. 

4 Comentários:

Às 31/08/20, 22:30 , Blogger Abraham Chevrolet disse...

Proporcionar ajuntamentos é crime contra a Saúde Pública... certamente! É inegável !
Ajuntamentos muito maiores que os da Festa dos comunas dão-se,diáriamente, em Sta Apolónia, no Aeroporto, no cais de desembarque dos cacilheiros,no Metropolitano, no Rossio, na Linha do Estoril, etc.,etc.,etc..
Costa,Costa e Marcelo,ides ter que fechar muita coisa, até atingirmos a Segurança !!!
E um pouco de bom-senso,que tal ?

 
Às 01/09/20, 08:13 , Anonymous Anónimo disse...

Como agora somos todos "epidemiologistas", pergunto: O que ainda faz falta para se entender que sem imunidade de grupo isto não se resolve? E que a ser assim, quanto mais depressa ela chegar, melhor ? Nesse caso o PCP ( mais a feira do livro, a praia da rocha e o autodromo do algarve...) estariam a cometer um crime ou a prestar um serviço público?

Cump.

MR

 
Às 02/09/20, 16:06 , Blogger J. Cosme disse...

Este tipo de críticas ao PCP e à festa do seu jornal dão - me vontade de rir.
Mas hoje não tenho vontade de o fazer. Estou com muitas tonturas, certamente provocadas por todo o tipo de tentativas para acabar com uma festa que começou em 1976 e há de perdurar para lá dos días da minha vida...

 
Às 07/09/20, 19:47 , Blogger Jaime Santos disse...

O caro MR esquece um aspecto crucial relativo ao conceito de imunidade de grupo, a saber, ela só se atinge depois de um número apreciável de pessoas terem morrido.

Se o famoso R0=2,5, como se pode estimar dos dados do Governo, a imunidade de grupo será atingida quando 1-1/R0=0,6=60% da população tiver sido infectada. Não sabemos bem qual a taxa de mortalidade de infecção, por oposição à de casos, que anda nos 3-4% entre nós, mas estima-se que seja algo entre 0,1%-1% (testes serológicos na Alemanha deram 0,4%, em Nova Iorque 0,6%). Tome 0,5%. 60% da população portuguesa são 6 milhões de pessoas. 0,5% desse valor são 30.000 mortos.

Acha isto aceitável? Eu não. O conceito de imunidade de grupo só se aceita na presença de uma vacina. De notar que o único local que está provavelmente próximo desse limiar é a cidade de Bergamo. Só que, só em Março, devem ter morrido umas 4.500 pessoas, seis vezes o número de óbitos do ano passado.

Vai-me dizer que sem vacina mais tarde ou mais cedo chegaremos lá. Certamente, mas antes tarde que cedo, e mesmo sem vacina estamos agora melhor preparados do que antes. E depois no fundo, no longo prazo estamos mesmo todos mortos. Já no curto prazo, é tudo uma questão de escolha...

 

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