domingo, dezembro 12, 2021

Rendeiro

 Rendeiro é aquele que arrenda, não é o proprietário. Porém, este Rendeiro (parece mais sendeiro) será proprietário de um prédio na Quinta da Marinha, um condomínio de luxo entre  Cascais e Sintra. 

Teve uma aventura na banca em que, segundo as acusações que impendem sobre ele, se terá apoderado de bens alheios. Perseguido pela justiça,  acaba de ser detido em Durban, uma cidade aparentemente atrativa para os portugueses (hello Fernando Pessoa).

Seguem-se os trâmites para a sua transferência para Portugal, algo que poderá ser demorado e nem sequer está garantido. Aguardemos...

2 Comentários:

Às 12/12/21, 10:41 , Blogger António Ladrilhador disse...

Faz muito bem, se me permite que o diga, em manter vivo este tema para muitos incómodo, em que o fiasco inacreditável da magistratura judicial portuguesa jamais poderá ser obnubilado pelo desempenho da Polícia Judiciária, no que parece ter sido uma ação célere e eficaz.
A problemática da qualidade da formação dos magistrados judiciais versus a necessidade de formar fornadas deles por forma a viabilizar aquilo a que, pelos vistos erradamente, se chama justiça para todos, foi objeto de extensa reflexão minha em https://mosaicosemportugues.blogspot.com/2021/11/rendeiro-no-rescaldo-de-uma-fuga.html, com base numa cronologia sucinta dos acontecimentos relacionados com este caso, desde a primeira condenação na primeira instância até aos dias que imediatamente se seguiram à fuga.
As causas profundas, situo-as, antes de mais, na degeneração do processo educativo em Portugal, por razões precisas que identifico. Vejo, também, com crescente preocupação a inércia do legislador face à crescente e cada vez mais preocupante manifestação dos efeitos daquela, tais efeitos recomendando o cerceamento do poder discricionário dos magistrados judiciais - designadamente na determinação de medidas de coação -, a par da reversão da separação de carreiras entre a magistratura do Ministério Público e a judicial.
Já agora, também não seria despiciendo a olhar para aquele pormenor das intermináveis férias judiciais e da descontração a elas associada, que poderá não ter sido completamente alheia ao que aconteceu.
Votos de um bom Domingo.

 
Às 12/12/21, 16:14 , Anonymous S. Carvalho disse...

"das intermináveis férias judiciais"
Já vimos o que isso "custou" a quem nós sabemos, ou, como então ouvi a alguém da magistratura, "ele ganhou esta batalha mas a guerra não acabou".
E ainda continua, a dita guerra.

 

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]

<< Página inicial