sábado, março 26, 2005

Paraquedismo

“Se ele (António Borges) quer de facto, e jurou que sim, "discutir ideias", tem de arranjar primeiro meia dúzia delas. (…) Não se consegue imaginar indigência mental mais devastadora e lúgubre. Mas com certeza o PSD vai gostar”.

O artigo de Vasco Pulido Valente no Público tem ainda afirmações como esta:

“Cavaco inaugurou a estirpe dos políticos que não conheciam Portugal: a história, a sociedade, a cultura.”

A não perder.

3 Comentários:

Às 27/03/05, 17:38 , Blogger Pedro Ferreira Marques disse...

Patrick, o teu comentário não tem propósito. A crónica de VPV acerta na mouche. Nada vou acrescentar porque está lá tudo (até já discutimos isto com uns camarões à volta, se bem me lembro). Estes ufanos "empresários" e economistas ignorantes são versões pobrezinhas de Cavaco Silva, sem ideias nem cultura.

Além disso, têm a indecência de atirar constantemente à cara dos que os ouvem que não precisam da política, como se nos estivessem a fazer um favor ao presentearem-nos com as suas banalidades, ou, pior, como se isso fosse uma virtude por si só.

A propósito do teu primeiro comentário (restos da "campanha dos colos" na qual participaste?) lembrei-me de uma história que se passou com Churchill. Uma senhora teve a indelicadeza de salientar ao famoso político o seu estado de embriaguez. Este respondeu: "Sim, estou bêbado. E a senhora é feia. Mas amanhã eu estarei sóbrio." Uma bebedeira cura-se melhor do que a falta de ideias.

 
Às 28/03/05, 12:02 , Blogger j disse...

Belíssima réplica de PFM, coroada com o saboroso episódio churchiliano...
Corroboro inteiramente, caro PFM.
Porque dessas cabeças iluminadas, que tanto têm feito... (por quê e por quem?!?!), parece nada sobrar em ideias, em propostas concretas e em soluções eficazes para resolver os problemas concretos deste país.
Ou será que o liberalismo desenfreado é a solução? Será que a "mão invisível", que superintende sobre tudo, tudo resolverá? Ainda haverá quem acredite que a "liberalização" das leis do trabalho, o fim do "Estado" serão as soluções milagrosas?
Infelizmente para esta gente, os problemas sociais não se resolvem com contas de somar ou subtrair, nem com "devaneios" de deve e haver contabilísticos!
Mas, enfim! Demos-lhes o benefício da dúvida: venham de lá as ideias que, por mim, prometo estudá-las até à exaustão...
(jcm)

 
Às 28/03/05, 20:32 , Blogger j disse...

Duas notas para clarificar o que escrevi, porque não quero ser mal interpretado.
Em primeiro lugar, sei bem quem é e o que quer VPV. Não estou certo que ele defenda uma "mudança" de regime. Se bem que muitos o afirmem, eu acho que há, por parte dessas pessoas, um mau uso da palavra "regime", porque, na mior parte dos casos, o que preconizam é uma alteração do sistema, em alguns aspectos.
Já agora, e para que não restem qualquer laivo de dúvida, sempre direi que, se o seu objectivo for esse, o de minar o regime democrático, ter-me-á, seguramente, do outro lado da barricada, onde, aliás, me orgulho de já ter estado...
Em segundo lugar, e a propósito do prof. António Borges, eu nunca poderia tê-lo apelidado de ignorante, porque não o é. O que afirmei e, agora, reafirmo é que, da sua iluminada cabeça e da de outros que lhe não ficam atrás em ciência e poder, ainda não vi sair uma única ideia concretizável, de imediato ou a prazo, que nos mostre uma luz ao fundo do túnel.
O que não quer dizer que me não sobre esperança...
(jcm)

 

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