Bons, Maus e Vilões
A necessidade de alguns opositores à constituição europeia criarem um blogue (O Sítio do Não) para se demarcarem do BE e do PCP que também apoiam o NÃO, levou Pacheco Pereira a criar outra subdivisão: O voto Bom e o voto Mau.
Vem-mos agora dizer que o importante é a discussão e que a sua posição é contra o voto mau e contra o voto bom, dando a entender a alienação do eleitorado relativamente à questão de fundo. Na prática, os portugueses votarão assim-assim se não forem esclarecidos por algum desinteressado intelectual.
É louvável a intenção de esclarecer o eleitorado. Mas Pacheco Pereira contradiz-se. Ao separar os seus votos Não, doutros igualmente Não, acaba por classificar uns melhores do que outros. O seu é naturalmente bom e, acompanhando os esclarecimentos do citado blogue, ficarão na categoria de bons todos os Nãos da direita até ao PS (inclusive). À esquerda do PS, o Não é geneticamente mau, não se podendo misturar com os Nãos bons. Com esclarecimentos destes ninguém pode invocar falta de informação, embora não se possa garantir que se faça luz.
Já se ouviu dizer que em democracia os votos são todos bons, as ideias é que não. De facto, o ilustre cronista não disfarça a incomodidade de ser acompanhado nesta cruzada por sectores que habitualmente hostiliza, e também o hostilizam.
Para se justificar, Pacheco Pereira até pode abrir mais chavetas para isolar a pureza genética do seu Não, mas não se poderá esquecer de que, sobretudo em política, “quem não quer ser lobo não veste a pele”.
Vem-mos agora dizer que o importante é a discussão e que a sua posição é contra o voto mau e contra o voto bom, dando a entender a alienação do eleitorado relativamente à questão de fundo. Na prática, os portugueses votarão assim-assim se não forem esclarecidos por algum desinteressado intelectual.
É louvável a intenção de esclarecer o eleitorado. Mas Pacheco Pereira contradiz-se. Ao separar os seus votos Não, doutros igualmente Não, acaba por classificar uns melhores do que outros. O seu é naturalmente bom e, acompanhando os esclarecimentos do citado blogue, ficarão na categoria de bons todos os Nãos da direita até ao PS (inclusive). À esquerda do PS, o Não é geneticamente mau, não se podendo misturar com os Nãos bons. Com esclarecimentos destes ninguém pode invocar falta de informação, embora não se possa garantir que se faça luz.
Já se ouviu dizer que em democracia os votos são todos bons, as ideias é que não. De facto, o ilustre cronista não disfarça a incomodidade de ser acompanhado nesta cruzada por sectores que habitualmente hostiliza, e também o hostilizam.
Para se justificar, Pacheco Pereira até pode abrir mais chavetas para isolar a pureza genética do seu Não, mas não se poderá esquecer de que, sobretudo em política, “quem não quer ser lobo não veste a pele”.
2 Comentários:
Concordo com esta análise.
Mas existe uma explicação para as coisas se passarem assim, quando voltar do meu exílio escreverei lá na minha tasca sobre isso.
Até lá um abraço e boa escrita
Nem mais...
Aguardo ocasião mais propícia para outro tipo de comentário. Neste momento, não poderei, porém, deixar de dizer que é por estes factos que apontas que votarei SIM.
É que um NÃO será sempre um NÃO, seja ele da extrema-direita fascista, ou da extrema-esquerda oportunista, ou do pseudo-patrioteiros ressabiados...
(jcm)
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