Sol na eira e chuva no nabal
O Diário de Noticias revela que as empresas de trabalho temporário viram os seus negócios aumentar entre 20% e 30% no último ano.
Ao contrário do que apressadamente se possa pensar, o crescimento exagerado desde subsector não indicia nada de bom, tendo em conta a disparidade com o crescimento global. O que ele significa é o agravamento das relações de trabalho para níveis aviltantes.
A percentagem dos trabalhadores no activo que prestam serviço em regime de subcontratação já ultrapassa os 30%. Trabalham sob a capa da “prestação de serviço” ou do “recibo verde”, embora na maioria dos casos tenham os mesmos horários e obedeçam às mesmas orientações dos trabalhadores das empresas em que trabalham.
O país finge que não vê a flagrante violação da legislação laboral, mas o que espanta é a contradição de economistas e empresários que apontam a pouca qualificação dos trabalhadores como causa principal da baixa produtividade e menor qualidade dos produtos.
Parece humor negro. Ultimamente até já se atrevem a dizer que ganham demais, embora os números refiram que o poder de compra baixou para os níveis de há 10 anos.
Que os empresários portugueses queiram o sol na eira e a chuva no nabal ao mesmo tempo, faz jus à sua tradição cultural. O que surpreende são os cientistas da economia quererem a qualificação dos trabalhadores, privilegiando o trabalho temporário…
Ao contrário do que apressadamente se possa pensar, o crescimento exagerado desde subsector não indicia nada de bom, tendo em conta a disparidade com o crescimento global. O que ele significa é o agravamento das relações de trabalho para níveis aviltantes.
A percentagem dos trabalhadores no activo que prestam serviço em regime de subcontratação já ultrapassa os 30%. Trabalham sob a capa da “prestação de serviço” ou do “recibo verde”, embora na maioria dos casos tenham os mesmos horários e obedeçam às mesmas orientações dos trabalhadores das empresas em que trabalham.
O país finge que não vê a flagrante violação da legislação laboral, mas o que espanta é a contradição de economistas e empresários que apontam a pouca qualificação dos trabalhadores como causa principal da baixa produtividade e menor qualidade dos produtos.
Parece humor negro. Ultimamente até já se atrevem a dizer que ganham demais, embora os números refiram que o poder de compra baixou para os níveis de há 10 anos.
Que os empresários portugueses queiram o sol na eira e a chuva no nabal ao mesmo tempo, faz jus à sua tradição cultural. O que surpreende são os cientistas da economia quererem a qualificação dos trabalhadores, privilegiando o trabalho temporário…
1 Comentários:
Não deixa de ser terrível isto que está a acontecer aos trabalhadores portugueses. E não deixa de ser uma triste contradição destacar esta notícia, exactamente no dia em que desaparece um dos portugueses que mais combateu as desigualdades e a exploração.
Até aceito que se questionem os métodos; nunca os princípios...
Depois queixem-se de que os trabalhadores protugueses são pobres e mal agradecidos a quem "tanto bem" lhes tem feito! Venham dizer, como antigamente, que a agitação se deve a uns tantos "energúmenos" a soldo... bem, neste caso, deve ser a soldo dos "fundamentalistas árabes"...
(jcm)
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