Escândalos de fariseu
A reacção da oposição (esta ou outra) pela indicação de elementos da simpatia do governo (este ou outro) para cargos de nomeação governamental é pura hipocrisia.
Se os governos nomeassem pessoas de outros quadrantes é que seria de estranhar. É para isso que se disputam eleições e só assim se pode responsabilizar quem as ganha. As nomeações de elementos não conotados com os governos aliviam a responsabilidade destes e são peias para a oposição.
Só num país onde os aparelhos partidários se viciaram na repartição do bolo orçamental é que isso tem foros de escândalo.
Distribuir benesses por clientelas da oposição, além de ter o efeito de as amansar, são facadas na democracia.
Até José Pacheco Pereira, defensor da ética política e habitualmente com ideias claras sobre o que convém à democracia, engrossou o coro farisaico que acompanhou as últimas de nomeações do governo (Tribunal de Contas e Galp).
Se os cargos a preencher são de confiança política, que se nomeie quem simpatiza com o governo. O contrário é promiscuidade corporativa.
Porém, se os cargos não preenchem os requisitos da confiança politica, que se retire a competência da nomeação aos governos, a bem da transparência.
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