quarta-feira, setembro 14, 2005

A queda do verniz

Mesmo quando esteve no governo, Marques Mendes sempre foi uma figura subalterna no PSD. Numa conjuntura de crise em que o seu partido caiu e arrastou o país para a degradação politica, a imagem de rapaz bem comportado, trabalhosamente cultivada ao longo dos anos, levou-o à chefia do PSD. Mas nunca se impôs. A sua liderança tem decorrido entre a contestação e o conformismo de um partido sem alternativas.

Ao contrário do que prometeu, tem feito uma oposição obstrutiva, oposta aos interesses do país.
A sanha obstrutora chega a ir contra interesses que pressupostamente o PSD deveria defender, como ficou patente nas palavras proferidas no fim da reunião com a Associação de Empresários de Portugal: enquanto Marques Mendes se punha o lado das greves irresponsáveis da função pública, acusando o Primeiro Ministro de arrogância pela sua determinação em não ceder a chantagens, Ludgero Marques afirmava que os funcionários públicos estavam a brincar com o dinheiro que não era deles.

A sua desorientação é tal, que a pose de rapazinho ajuizado com que se camuflou para derrotar o doidivanas de Santana Lopes está a desvanecer-se, mostrando a sua verdadeira face de politiqueiro sempre-em-pé.

Afirmar que Mário Soares não tem perfil para Presidente da Republica é uma asneira de compêndio só compreensível pela obsessão de Marques Mendes em se agarrar a Cavaco Silva para disfarçar as fragilidades próprias e do partido.

2 Comentários:

Às 14/09/05, 16:25 , Blogger j disse...

O problema é que o seu intelecto (que não a palavra balofa...) ainda não descortinou que o presumível candidato vai acabar com o seu consulado no dito psd...
Não consegue ver que aqueles que tão tenazmente empurram o ex-primeiro-ministro, o fazem porque precisam de um chefe ou de um gauleiter que ele próprio está a milhas de ser...
Um politiqueiro assim está muito, muito longe de ser um eficaz dirigente da oposição.
(jcm)

 
Às 15/09/05, 23:03 , Anonymous Anónimo disse...

A distância não me deixa “ver” tão bem como se por aí andasse. Porém, a pequenez do sujeito é tão grande que, mesmo vista daqui, espanta.
Como é que ele conseguiu trepar para o cadeirão PSD? Não acredito que não houvesse melhor nem que toda aquela gente seja néscia!
Há, certamente, algo que me escapa.
VHC

 

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