Justa causa
Tal como o conhecemos hoje, o gestor público é uma consequência das nacionalizações que se seguiram ao 25 de Abril.
Quase sempre são militantes ou simpatizantes assumidos de um dos partidos que se revezam no governo.
Sendo a nata dos boys, quando o seu partido ocupa o poder são os primeiros a chegar-se à frente.
Saltitam de empresa pública para empresa pública, ocupando lugares de maior ou menor destaque conforme o ciclo político do respectivo partido. Por norma não procuram os holofotes da imprensa, excepto nos casos em que além de gestores públicos têm uma carreira política paralela.
Entre os dois principais partidos há um acordo tácito que os protege e, salvo os casos de retaliação, a maioria mantém-se para além da queda dos governos.
Os prejuízos crónicos das empresas públicas nunca afectaram os gordos salários nem as regalias principescas que se atribuem. O orçamento lá está para tapar os buracos.
Por nos termos habituado à impunidade da sua gestão é que o despedimento com justa causa que ameaça as administrações da REFER e da CP nos surpreende.
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