O purgatório da justiça
Não é a primeira vez que este governo se expõe, enfrentando em directo os interesses que tomaram conta dos diferentes sectores da nossa Administração Pública, pondo-a ao serviço das suas corporações profissionais, em prejuízo do interesse geral. Ontem aconteceu o mesmo com a justiça, no “Prós e Contras”.
Toda a gente percebeu que a prioridade dos magistrados não é a reestruturação nem a melhoria da justiça. À míngua de ideias, nesse capítulo, apressaram-se a concordar com as medidas propostas pelo governo.
As suas preocupações são doutro cariz, dir-se-ia mesmo, doutro mundo, como resulta da intervenção do Presidente do Supremo Tribunal de Justiça e do Conselho Superior da Magistratura que se apresentou por satélite.
Como é possível que as mais altas responsabilidades da justiça portuguesa estejam entregues a um homem desfasado do país e em notória perda de faculdades?
Ao ouvir aquela voz de além-túmulo, os portugueses gelaram, compreendendo finalmente as causas do purgatório duma justiça que nem ela própria se leva a sério.
1 Comentários:
Não ando propriamente em busca dos mesmos argumentos que defendo.
Confesso no entanto que me apeceu dizer, no meu blog, que o presidente do Supremo me pareceu supremamente diminuido nas suas faculdades articulares.
Finalmente encontro alguém entre muitos comentadores que comunga desta opinião!
O espetáculo foi pungente, doloroso e assombroso.
O sr. Juiz vai ficar ali até quando?
Cumprimento-o pela observação!
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