Virgens inocentes
Os que se escandalizam como virgens inocentes (JPP, por exemplo) quando Mário Soares avisa para o perigo do revanchismo direitista que anima alguns apoiantes de Cavaco Silva, já esqueceram os episódios dos governos cavaquistas onde esse revanchismo também marcou presença.
Até os burros, (perdão, Jumento), se recordam do obscurantismo cultural dos governos de Cavaco Silva, que chegou ao ponto de banir os livros de José Saramago do pavilhão português na Feira de Frankfurt.
Não sei se era a isto que Mário Soares se referia quando alertou para as fragilidades democráticas de Cavaco Silva.
Mas, se é claro que nem Cavaco Silva nem os devotos que o seguem adivinhavam que aquele anticristo viesse a ganhar o prémio Nobel da Literatura, relegando para os anais do anedotário cultural a discriminação de que foi vítima, o certo é que fica para história o acto de censura praticado sob a égide do Primeiro-Ministro de então, ou, no mínimo, beneficiando do seu proverbial e estratégico silêncio.
Que Cavaco Silva garanta agora, enquanto candidato a Presidente da República, que vai estar atento aos actos do governo, não apaga a memória das suas distracções passadas, nem tão pouco as suas promessas de respeito pela Constituição e pelas liberdades que ela consagra chegam para diluir esta nódoa obscurantista.
Até os burros, (perdão, Jumento), se recordam do obscurantismo cultural dos governos de Cavaco Silva, que chegou ao ponto de banir os livros de José Saramago do pavilhão português na Feira de Frankfurt.
Não sei se era a isto que Mário Soares se referia quando alertou para as fragilidades democráticas de Cavaco Silva.
Mas, se é claro que nem Cavaco Silva nem os devotos que o seguem adivinhavam que aquele anticristo viesse a ganhar o prémio Nobel da Literatura, relegando para os anais do anedotário cultural a discriminação de que foi vítima, o certo é que fica para história o acto de censura praticado sob a égide do Primeiro-Ministro de então, ou, no mínimo, beneficiando do seu proverbial e estratégico silêncio.
Que Cavaco Silva garanta agora, enquanto candidato a Presidente da República, que vai estar atento aos actos do governo, não apaga a memória das suas distracções passadas, nem tão pouco as suas promessas de respeito pela Constituição e pelas liberdades que ela consagra chegam para diluir esta nódoa obscurantista.
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