segunda-feira, dezembro 12, 2005

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"O imigrante que vem viver e trabalhar para a nossa terra não pode ser obrigado a seguir todos os hábitos nem a adoptar todos os valores entre nós prevalecentes. Mas tem o dever de não violar algumas regras essenciais do nosso convívio social.
Transigir aí, em nome do politicamente correcto ou de outra moda qualquer, só traz problemas para o futuro. Por muito multiculturais que sejam - e serão cada vez mais - as nossas sociedades."

1 Comentários:

Às 13/12/05, 12:06 , Anonymous Anónimo disse...

Concordo, evidentemente, com a opinião de Sarsfield Cabral, no que diz respeito à proibição da poligamia, da mutilação genital das mulheres, dos casamentos forçados etc. – Qual o país civilizado que o não faria?! Mas já me parece ilusório pensar – se é isso que Sarsfield pensa – que o imigrante vai abandonar aquelas práticas por “dever de não violar algumas regras essenciais do nosso convívio social”.
As migrações em causa são motivadas por razões puramente económicas. O imigrante originário dos cantos do mundo cuja cultura está nos antípodas da nossa, não abandona os costumes ancestrais que o moldaram socialmente e que o impedem de se identificar com a nossa sociedade. Esse “privilégio” será para as gerações descendentes que permanecerem no país e que, bem ou mal, assimilarem a nossa cultura.
Pelos exemplos que “pude observar” em França, a excisão sexual e os casamentos forçados de filhas de imigrantes só não se fazem quando a família já vai na segunda ou terceira geração e elas se opõem, por estarem, se não integradas na cultura local, pelo menos muito distanciadas da cultura dos pais. – Mesmo assim é, por vezes, necessária a intervenção das autoridades ou de associações, para impedir o “sacrifício”. Os primo-imigrantes, quanto a eles, continuam a praticar aqueles costumes e, se não o fazem em França, fazem-no nos países de origem, durante as férias ou numa viagem lá efectuada para o efeito.
Quanto aos casamentos poligâmicos, eles não são simultâneos (as esposas não integram a família simultaneamente), não se inscrevem, como é óbvio, no “registo civil” e são um quebra-cabeças de todo o tamanho para qualquer governo que queira obstar à poligamia – por vezes, até, nos países de origem, quando a lei colide com o costume – sem recorrer a práticas “condenáveis”.
Como é evidente, fica muito por dizer sobre um assunto tão extenso.

 

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