sábado, janeiro 02, 2010

O Detonador

Enquanto Primeiro-ministro, Aníbal Cavaco Silva deu largas ao investimento público e aumentou a despesa pública.
A marca de Ferreira do Amaral, seu ministro das obras públicas, no país do betão é indelével e, quanto à despesa pública, não se limitou a aumentá-la: Criou condições para que esse aumento se tornasse exponencial, como reconheceu Miguel Cadilhe, seu Ministro das finanças e também militante do PSD, que lhe atribui a paternidade do monstro, designação usada por Cadilhe para caracterizar o progressivo peso da Administração Pública no deficit do país.

As análises catastróficas (“podemos estar a caminhar para uma situação explosiva”) e os conselhos de contenção, que agora debita enquanto Presidente da República, são pedradas de quem tem telhados de vidro e mal disfarçam o apoio aos que criticam investimentos há muito previstos e necessários.
Não é por acaso que muitos dos que votaram nele o identificam como líder da oposição ao governo.

- É inconstitucional um Presidente fazer oposição ao governo?
- É!
- E o que acontece, se o fizer?
- Nada!

1 Comentários:

Às 02/01/10, 21:57 , Blogger Carlos Pinheiro disse...

Pois. O dito senhor para além de tudo o que se diz no artigo, ainda consegiui garantir a eternidade da empresa que construiu uma ponte, aglutinou a outra (e suas receitas, claro) e ainda garantiu o seu futuro para toda a eternidade, com o apoio ou pelo menos com a complacência do seu patrono e sem que os outros que vieram a seguir se tivessem incomodado. É um fartar, vilanagem.

 

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