Governar sob chantagem
Diz-se que o governo navega à vista de costa, pronto a recolher a bom porto, conforme a seriedade das ameaças da oposição que tem a maioria no parlamento.
Numa situação normal, já teria havido eleições para procurar uma solução maioritária de governo. Mas, perante a crise que submerge a Europa e particularmente Portugal, nenhum partido com sentido de estado quer assumir a responsabilidade de provocar eleições. No entanto, nenhum se dispôs a cooperar com o governo para o ajudar a enfrentar a crise.
Os partidos à esquerda do PS estão em contra ciclo ideológico com a sociedade contemporânea. Com eles nenhum governo democrático poderá contar. A manutenção do governo minoritário do PS está, por isso, nas mãos do CDS e do PSD.
A Frente de Esquerda inventada por Manuel Villaverde Cabral nas jornadas parlamentares do PSD é uma ficção para distrair incautos. O que existe, e não é de agora, é uma Frente de Direita, encabeçada pelo PSD, com o CDS sempre disponível para o apoiar no governo.
Com o governo minoritário à sua mercê, o PSD aguarda apenas pela consolidação das sondagens a seu favor. Até lá, viabiliza o governo, mas não o deixa governar. Deixou passar o PEC, mas todos os dias mete areia na engrenagem para inviabilizar as medidas que o enformam. O processo das SCUTS é um bom exemplo desta duplicidade.
Todavia, mesmo em crise, não é bom para o país ter um governo sob chantagem. É tempo de bater com a porta.
Sobretudo porque estamos em crise…
Numa situação normal, já teria havido eleições para procurar uma solução maioritária de governo. Mas, perante a crise que submerge a Europa e particularmente Portugal, nenhum partido com sentido de estado quer assumir a responsabilidade de provocar eleições. No entanto, nenhum se dispôs a cooperar com o governo para o ajudar a enfrentar a crise.
Os partidos à esquerda do PS estão em contra ciclo ideológico com a sociedade contemporânea. Com eles nenhum governo democrático poderá contar. A manutenção do governo minoritário do PS está, por isso, nas mãos do CDS e do PSD.
A Frente de Esquerda inventada por Manuel Villaverde Cabral nas jornadas parlamentares do PSD é uma ficção para distrair incautos. O que existe, e não é de agora, é uma Frente de Direita, encabeçada pelo PSD, com o CDS sempre disponível para o apoiar no governo.
Com o governo minoritário à sua mercê, o PSD aguarda apenas pela consolidação das sondagens a seu favor. Até lá, viabiliza o governo, mas não o deixa governar. Deixou passar o PEC, mas todos os dias mete areia na engrenagem para inviabilizar as medidas que o enformam. O processo das SCUTS é um bom exemplo desta duplicidade.
Todavia, mesmo em crise, não é bom para o país ter um governo sob chantagem. É tempo de bater com a porta.
Sobretudo porque estamos em crise…
2 Comentários:
Há muito que disse o mesmo!
O País não pode estyar refém das forças reaccionáriqas e que s epreparam para privatizar o Estado.
O povo que decida.
Eu ainda tenho dúvidas sobre o melhor caminho. Sobretudo, porque "bater com a porta", pode dar azo a acusações de falta de coragem. Não excluo, porém, a apresentação de uma moção de confiança, que a ser derrotada, abriria a porta a novas eleições. Mesmo que o não fosse, ficaríamos a saber até que ponto é que o PSD tem medo de ter de meter a mão na massa.Sócrates, porém, não me parece para aí virado.
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