quarta-feira, agosto 04, 2010

A Subversão

Já toda agente percebeu que para pôr ordem no Ministério Público é preciso reforçar e credibilizar a respectiva hierarquia.
Toda a gente não, falta o PSD, que nos últimos dias tem feito coro com o Sindicato dos Magistrados, dirigido por um militante seu e latifundiário no Alentejo (Ângelo Correia dixit), o qual tem tentado por todos os meios tomar de assalto a Procuradoria.
Desde o processo Casa Pia tornou-se óbvio que a investigação criminal tem sido usada para fins políticos, sendo responsável pela destruição da imagem de destacados militantes do Partido Socialista como Paulo Pedroso e Ferro Rodrigues.
Com o processo Freeport, o país assistiu à mais escabrosa campanha que alguma vez foi feita contra um chefe do governo. Todos se admiram com foi possível José Sócrates resistir a tantos golpes baixos.
Nesta conjura contra o chefe do governo, o PSD não se limitou a assistir. Muitos dos seus militantes foram determinantes no seu desenvolvimento e, para o provar, aí estão as campanhas das eleições realizadas desde 2005, em que os ataques pessoais a José Sócrates foram o tema principal.
Agora que a máscara caiu, e o país percebeu que tudo não passou de um embuste conspirativo, o que faz o PSD? Ataca cobardemente a figura do Procurador-geral da Republica, que sempre recusou pactuar com as ilegalidades em que o PSD o quis envolver. O exemplo mais recente foi a violação do segredo de justiça do processo Face Oculta, tentada pelo PSD na Comissão de Inquérito PT/TVI.
A crítica principal que se pode assacar ao Procurador-Geral foi a de ter tolerado a invasão das competências da procuradoria pelo Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, com prejuízo claro no andamento dos processos e na administração da justiça, como ficou demonstrado no caso Freeport.
Isto não é sindicalismo. É subversão.

1 Comentários:

Às 05/08/10, 01:12 , Blogger Bettencourt de Lima disse...

Politica canalha

Assente e aceite, baseada em lugares comuns, engodo fácil para néscios e gente amoral,
está a utilização sistemática da insídia, da calúnia, do vilipêndio para atingir adversários
políticos, vender jornais, gastar horas de televisão e, enquanto dura, promover figuras
públicas, com estatuto de «justiceiros». Algumas pessoas, que, passada a «onda»,
voltam necessariamente à vulgaridade.
São conhecidos os jornalistas, comentadores e pivôs de televisão que alimentam estes
processos.
Cientes das «verdades» insofismáveis de ditados populares como «não há fumo sem
fogo», «quem anda à chuva é que se alaga» etc., e cientes do peso que estes têm
na formação do pensamento dos mais incautos, lá estão eles sempre disponíveis,
pressurosamente disponíveis, para nos dar conta da «riqueza» do seu pensamento
enquanto arrastam a barriga pela lama, numa volúpia irreprimível.
Bom, assim é, assim será. Agora, o que não se pode esquecer e perdoar é uma
campanha política para as eleições europeias e legislativas conduzida na base
destas «técnicas» e que teve como protagonistas a anterior direcção do PSD, presidida
por Manuela Ferreira Leite e assessorada por Pacheco Pereira.

Politica canalha.

Para memória futura.

 

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