A Europa Ameaçada
A Siv Jensen, líder incendiária do Partido do Progresso norueguês, molhou-se-lhe a pólvora ao saber que Anders Breivik Behring, o assassino de Oslo, havia militado durante anos nas suas fileiras. "Dói saber", disse quando lhe chegou a notícia. "O que aconteceu foi uma tragédia terrível e é importante que os noruegueses estejam juntos."
No entanto, Jensen está agora sob os holofotes que a mostram em nutrida companhia de líderes e partidos extremistas europeus que caçam a seu bel-prazer os votos de um eleitorado na defensiva pela crise económica e desapontado por uma União Europeia que não só não resolve os seus problemas, como ainda sacrifica no altar globalização os empregos cada vez mais escassos.
O extremismo político, pintado de nacionalismo e xenofobia, deixou de ser tabu quando políticos tão respeitáveis como Nicolas Sarkozy, Angela Merkel e David Cameron brincam com a ideia de que "o multiculturalismo falhou completamente", como defende a chanceler alemã. Políticos clássicos e radicais lutam pelo eleitorado como se estivesse em leilão, levando os analistas a concluir que as ideologias extremistas estão a moldar o debate político na Europa.
Estas ideias já levaram a Dinamarca restaurar o controlo das fronteiras, impedindo a liberdade de circulação consagrada no acordo de Schengen.
Suécia, Finlândia (Autênticos finlandeses) Áustria, Hungria, Países Baixos (Geert Wilders era o ídolo do Breivik), Itália, Suíça ou Reino Unido são países onde a direita nacionalista xenófoba atingiu resultados que converteram os respectivos partidos em forças com capacidade para influenciar as políticas, integrando por vezes o próprio governo, como acontece em Itália com a Liga Norte.
A França também não escapa. Basta ver a expectativa sobre o veredicto das eleições presidenciais de Maio próximo, nas quais, segundo as sondagens, Marine Le Pen poderá desempenhar um papel crucial. (Fonte: El Pais)
A França também não escapa. Basta ver a expectativa sobre o veredicto das eleições presidenciais de Maio próximo, nas quais, segundo as sondagens, Marine Le Pen poderá desempenhar um papel crucial. (Fonte: El Pais)
No entanto, diz-se que o norueguês actuou sozinho…
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