O verdadeiro PREC
Fizeram por aí uns estudos a prever tumultos, comparando-os a um novo PREC. Como refere Helena Matos, quem os fez não deve ter assistido ao verdadeiro PREC, o de 1975…
“Mais irónica é ainda a referência ao PREC. Não sei onde está ou estava o pensamento dos comandantes da PSP para referirem tal assunto, porque precisamente o PREC caracteriza-se pela instrumentalização dos militares (as forças de segurança da época), que se transformaram em milícias partidárias e nessa qualidade andavam pelas ruas, de armas na mão, fazendo barricadas e apoiando os saneamentos e a ocupação de empresas e herdades decididos quase sempre pelo PCP. Por estranho que tal possa parecer às mentes actuais viciadas em caixotes a arder e carros destruídos, tudo isto e muito mais decorreu com muito folclore mas relativa ordem. Na verdade, o povo do PREC foi sobretudo um belo cenário para aquilo que outros decidiam. E por isso o PREC acabou como começou: em Novembro de 1975 um golpe militar mandou os militares para os quartéis, os revolucionários foram à sua vida, muitos deles com uma inegável sensação de alívio, e o povo passou directamente das manifestações para as filas do bacalhau, que o Natal que era já daí a um mês.
Tumultos no verdadeiro sentido do termo, com imagens que ainda hoje impressionam pela violência e por se pressentir nelas uma situação em que tudo pode ficar incontrolável, esses vemo-las no outro lado, naquele que precisamente abominava o PREC e que tocava os sinos a rebate para o combater. É entre os reaccionários que em 1975 assistimos a graves tumultos: nos assaltos às sedes do PCP e do MDP, no ataque às carrinhas que levavam os jornais controlados pelo PCP (e que eram quase todos) encontramos essa violência popular que, ao contrário do que sucedia nas terras do PREC, dificilmente alguém conseguia controlar.”
Tumultos no verdadeiro sentido do termo, com imagens que ainda hoje impressionam pela violência e por se pressentir nelas uma situação em que tudo pode ficar incontrolável, esses vemo-las no outro lado, naquele que precisamente abominava o PREC e que tocava os sinos a rebate para o combater. É entre os reaccionários que em 1975 assistimos a graves tumultos: nos assaltos às sedes do PCP e do MDP, no ataque às carrinhas que levavam os jornais controlados pelo PCP (e que eram quase todos) encontramos essa violência popular que, ao contrário do que sucedia nas terras do PREC, dificilmente alguém conseguia controlar.”
Destaques da minha responsabilidade.
1 Comentários:
Os oficiais de polícia que agora dominam e predominam na PSP n/viram nada do PREC: ou nasceram depois do 25 de Abril ou eram miúdos nessa altura.
Uns tantos ainda serao miúdos...
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