O ano de Marcelo
Marcelo Rebelo de Sousa festejou ontem o primeiro aniversário da sua eleição para Presidente da República Portuguesa. Durante o ano que agora findou, Marcelo, como os portugueses já o tratam familiarmente, transformou-se num caso de popularidade sem paralelo no panorama político português dos últimos cem anos.
A unanimidade da sua popularidade podia ser preocupante, porque excluiria a crítica, elemento essencial para a saúde da democracia.
Porém, no caso de Marcelo, esse perigo é colmatado pelo sentido de humor, que o faz manter os pés na terra, e pelo contínuo striptease mediático a que alegremente se submete, desarmando e remetendo para a penumbra da opinião pública os que duvidam da genuinidade de tanta exposição.
Se toma um banho gelado na baía de Cascais no primeiro dia do ano não é para ser popular, porque já o fazia antes de ser presidente. Se distribui comida aos sem abrigo numa noite fria de inverno, não é certamente para ganhar votos porque esse eleitorado nem vota nem dá votos.
Ao fim de um ano na presidência, Marcelo transformou-se num referencial da democracia portuguesa e tem todas as condições para ser um pilar da estabilidade política e social de que o país precisa, não apenas por um ano mas por muitos, pois só assim poderão recuperar dos prejuízos provocados nos anos anteriores.
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