Os meninos e as meninas
A Porto Edtora teve a infeliz ideia de publicar uns cadernos de exercícios escolares diferentes para rapazes e raparigas o que, naturalmente, provocou reações de quem viu nisso uma discriminação de género, algo que nem o bom senso nem a constituição da república permitem.
O Ministério da Educação quis acabar com a polémica e terá sugerido à editora que retirasse os livros do mercado o que foi aceite.
Surpreende por isso que, em vez de reconhecer o erro cometido pela sua editora, um administrador venha agora insurgir-se contra o governo por ter recomendado a correção da asneira.
Pela extrema influência que têm na educação infantil, as imagens e os conteúdos dos manuais escolares devem respeitar os valores e princípios constitucionais, como a igualdade de género, não podendo depender do critério de qualquer administrador, certamente mais preocupado com as respectivas vendas.
O assunto é demasiado sério para ser deixado ao critério das editoras.
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