A negação da democracia
Que Passos Coelho está preso no labirinto que ele próprio criou, poucos duvidam. A sua substituição na liderança do PSD é tão previsível como a mudança de um treinador de futebol numa equipa que acumula derrotas. É dos livros.
Que haja comentadores que "não vislumbrem no PSD um único sucessor capaz", é revelador do enquistamento da direita do PSD, que Passos representa, pois, num partido com a sua dimensão, afirmar que não há alternativas à liderança equivale a uma negação da democracia. Há sempre alternativas, embora nem todas agradem a todos, mas a democracia é assim mesmo.
Os comentadores que querem "manter o PSD no espaço político que hoje ocupa" são os mesmos que apoiaram a política desastrosa quando governou e hoje suportam os muros do labirinto em que Passos Coelho se encerrou.
Tal como Passos e Cavaco, também eles questionaram a legitimidade da Assembleia da República para recusar o governo minoritário da coligação PSD/CDS, em favor do governo do PS apoiado pelo PCP e BE. Questionam a democracia.
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