segunda-feira, dezembro 18, 2017

Vícios privados, cobardias públicas

O gosto dos portugueses por fogueiras já vem de longe e, se apanham alguém na mó de baixo, raramente escapa à execução na praça pública. A história da nossa proverbial coragem, ou está mal contada, ou esgotou-se com os afonsinos...

No caso das Raríssimas, por  que  havia de ser diferente? Embora  ninguém duvide que  se trata de uma instituição válida e meritória, a condenação sem julgamento da fundadora que a pôs de pé assemelha-se a um auto de fé.
Quem ascende a posições de domínio numa instituição cai facilmente em abusos, tendo  a tentação de os justificar com o que a instituição lhe deve pelo que fez em seu benefício.
Pode ser o caso da fundadora da Raríssimas que terá abusado do cargo enquanto presidente. 
Porém, quem a empurra para a fogueira comete seguramente um crime maior.

1 Comentários:

Às 18/12/17, 09:20 , Anonymous Anónimo disse...

Exactamente! E é curioso como muitos defensores do Estado de Direito no caso "Marquês" se sentem aqui à vontade para linchamentos sumários com base em alegações.

JRodrigues

 

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