Vícios privados, cobardias públicas
O gosto dos portugueses por fogueiras já vem de longe e, se apanham alguém na mó de baixo, raramente escapa à execução na praça pública. A história da nossa proverbial coragem, ou está mal contada, ou esgotou-se com os afonsinos...
No caso das Raríssimas, por que havia de ser diferente? Embora ninguém duvide que se trata de uma instituição válida e meritória, a condenação sem julgamento da fundadora que a pôs de pé assemelha-se a um auto de fé.
Quem ascende a posições de domínio numa instituição cai facilmente em abusos, tendo a tentação de os justificar com o que a instituição lhe deve pelo que fez em seu benefício.
Pode ser o caso da fundadora da Raríssimas que terá abusado do cargo enquanto presidente.
Porém, quem a empurra para a fogueira comete seguramente um crime maior.
Porém, quem a empurra para a fogueira comete seguramente um crime maior.
1 Comentários:
Exactamente! E é curioso como muitos defensores do Estado de Direito no caso "Marquês" se sentem aqui à vontade para linchamentos sumários com base em alegações.
JRodrigues
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