Patrõezinhos
“As associações patronais querem acompanhar a acção do Governo em matéria de competitividade das empresas nacionais. (…) Para o efeito vão criar um Conselho de Avaliação da Competitividade que se destina a acompanhar e vigiar as opções tomadas pelo Executivo de José Sócrates.”
Louvável! Mas não seria má ideia acompanhar também as empresas. Talvez se esclarecesse o mistério das que apresentam prejuízos anos a fio e continuam em actividade.
Será mais um problema que só a União Europeia pode resolver?
2 Comentários:
Acho muito bem que as associações patronais se preocupem com a produtividade. Aliás, se esse não for um objectivo prioritário, as empresas não sobreviverão. O que acho, no entanto, é que elas se deviam preocupar ao contrário... Isto é, não é tão importante "fiscalizar" a acção dos governos, como tomar as medidas internas que tornem viáveis os aumentos de produtividade.
O que acontece é que os nossos "patrõezinhos" estão sempre à espera das medidas dos governos que permitam suprir as graves carências que eles próprios revelam.
Vejamos um exemplo: o código do trabalho.
É óbvio que se tornava imperioso criar uma legislação única que facilite as relações de trabalho, que clarifique todas estas matérias.
Mas, o que esperavam os "patrõzinhos"??? Que pudessem despedir à tripa forra, de preferência sem pagar qualquer indemnização; que pudessem usar e abusar de qualquer causa de somenos importância para se "libertarem" de salários mais altos, em substituição de gente nova a quem poderiam pagar substancialmente menos; que pudessem usar de um total livre arbítrio para tratar os seus empregados como gado.
E eles? E a sua ignorância? E a sua total inabilidade como gestores? Isto não teria que ser também regulado?
Feliz ou infelizmente sei do que falo. Porque são muitas as pequenas e médias empresas que conheço bem...
Por isso, repito: sejam bem-vindos, senhores patrões, à fiscalização dos governos. Mas, se não se importarem, "a bem da nação" deixem que todos nós os possamos também fiscalizar!
(jcm)
Talvez não, caro Patrick, talvez não... Desde que não pretendamos ser mais "liberais" que o "liberalismo"!
(jcm)
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