Os mitos e a coragem
Quando Teixeira dos Santos foi escolhido para substituir Campos e Cunha, houve vozes que logo se fizeram ouvir, prevendo o descalabro das contas públicas e acusando-o de ser o homem escolhido para facilitar o despesismo.
Teixeira dos Santos não passaria de um amanuense serviçal e o seu sorriso simpático estava completamente desajustado da carranca que se espera de um Ministro das Finanças como era Campos e Cunha, que num esforço caricatural se chegava a confundir com Ferreira Leite.
Passo a passo, sem constrangimentos nem simuladas agonias depressivas, Teixeira dos Santos, que ao contrário de outros não foi da cátedra da universidade directamente para o Terreiro do Paço, ganhou respeito e o seu orçamento é, de longe, o que mais consenso obteve nas últimas décadas.
Dir-se-á que o diagnóstico estava feito e a terapêutica era conhecida.
Pois era. Mas quando por lá passaram, nem Cavaco, nem Cadilhe, nem Manuela Ferreira Leite tiveram coragem (e porque não tomates?) para a aplicar.
Pelo contrário: foram eles que geraram o monstro.
1 Comentários:
E o que é interessante é que, agora, se esquecem desses "crimes" cometidos, não em nome de uma candidatura a presidente da república, mas em nome de um sebastianismo serôdio que, pelos vistos, ainda vai enganar (mais uma vez...) muitos parolos.
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