"Paris brûle-t-il?"
Foto Le Monde
Finalmente a pergunta de Hitler (“Brennt Paris?”) tem uma resposta positiva não do exército alemão, cuja hierarquia contornou a ordem do Fuhrer, mas dos bandos de delinquentes gerados por vagas de emigração descontrolada.
Há quem procure encontrar semelhanças entre o Maio de 1968 e os confrontos que têm ocorrido nos últimos dias na periferia de Paris.
De facto, também as movimentações de 1968 não tinham motivações definidas e começaram por ser uma reacção à actuação da polícia. Mas as semelhanças entre os dois acontecimentos ficam-se por aí.
Se em 1968 a contestação foi levada a cabo por estudantes universitários, filhos das classes favorecidas da sociedade francesa, os jovens que hoje incendeiam tudo o que podem e fazem o pesadelo da noite parisiense provêm de franjas desprotegidas e corre-lhes nas veias sangue de outras paragens.
Enquanto o Maio de 1968 foi um fenómeno cultural da guerra-fria, liderado por uma inteligentzia onde alguns ainda acreditavam nas virtualidades do sol que brilhava a Leste, as sebentas dos jovens de agora não vão além dos grafitis obscenos dos subúrbios.
Começaram com tácticas de Intifada, mas já vão na guerrilha urbana, actuando a coberto da noite. Nos países onde vigora a cultura e os valores que defendem seriam dizimados sem dó nem piedade. Aqui a impunidade dá-lhes força e não resistem à atracção do abismo.
Há quem procure encontrar semelhanças entre o Maio de 1968 e os confrontos que têm ocorrido nos últimos dias na periferia de Paris.
De facto, também as movimentações de 1968 não tinham motivações definidas e começaram por ser uma reacção à actuação da polícia. Mas as semelhanças entre os dois acontecimentos ficam-se por aí.
Se em 1968 a contestação foi levada a cabo por estudantes universitários, filhos das classes favorecidas da sociedade francesa, os jovens que hoje incendeiam tudo o que podem e fazem o pesadelo da noite parisiense provêm de franjas desprotegidas e corre-lhes nas veias sangue de outras paragens.
Enquanto o Maio de 1968 foi um fenómeno cultural da guerra-fria, liderado por uma inteligentzia onde alguns ainda acreditavam nas virtualidades do sol que brilhava a Leste, as sebentas dos jovens de agora não vão além dos grafitis obscenos dos subúrbios.
Começaram com tácticas de Intifada, mas já vão na guerrilha urbana, actuando a coberto da noite. Nos países onde vigora a cultura e os valores que defendem seriam dizimados sem dó nem piedade. Aqui a impunidade dá-lhes força e não resistem à atracção do abismo.
Porém, os primeiros mortos não vão tardar e estamos nos mês do Brumário...
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