segunda-feira, junho 11, 2007

Dia D

Qualquer que seja a margem do Tejo que vier a ser escolhida, a partir de hoje, pouca margem restará para a discussão acerca da localização do Novo Aeroporto de Lisboa.

A decisão é entre a Ota e alguns milhares de hectares de sobreiros da margem sul, que deixaria definitivamente de ser um deserto para se transformar numa floresta de betão à custa da reserva do estuário do Tejo.

1 Comentários:

Às 11/06/07, 23:20 , Anonymous Anónimo disse...

O que esta decisão demonstra é que não se fez nenhum estudo sério sobre a localização do novo aeroporto e sobre a manutenção do actual. Ou ninguém sabia da existência de Alcochete antes do "memorando" da CIP? Curiosamente, enquanto o PM diz que o estudo fecha a hipótese Portela + 1, Van Zeller adianta que esta nem sequer foi estudada. Porquê? Ninguém sabe. Aparentemente, "não é competitivo". Tantos vôos recusados e afinal, não se pode abrir um sem se fechar o outro? História mal contada.

E porquê, agora, uma (e só uma) hipótese alternativa? Precisamente para que, perante a pressão da opinião pública, passe a ideia errada transmitida no post do blogger JFM: estamos perante uma espécie de "agora ou nunca", como se todas as outras questões tivessem sido respondidas. Não foram. Mas talvez este restyling seja suficiente para convencer os centros de poder político, mantendo satisfeitos os lobbies do imobiliário e da construção civil. Desde o início que o interesse público e a ponderação económica não fazem parte da equação.

Pedro Marques

 

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