O cadáver
A avaliar pelas noticias, as manobras de António José Seguro para boicotar a possibilidade de alguém lhe disputar a liderança terão começado logo que chegou a Secretário-geral. com a blindagem dos estatutos do partido.
Desde então, desempenha o cargo como um funcionário preocupado em defender o lugar, sem fazer ondas, mas acumulando rancores de cada vez que as circunstâncias o fazem sair da letargia e ter de dar a cara.
“Habituem-se que isto mudou!”, reagiu, quando lhe romperam o casulo.
Alguém menos avisado teria acreditado que afinal tínhamos homem para enfrentar quem o desafiava. Desiludiam-se, porque vinte e quatro horas depois, o rapaz voltou para inventar umas primárias que puseram o país a rir.
A serem bem sucedidas, as manobras de António José Seguro teriam consequências nefastas para o PS, e para o país. Para. o PS, porque o partido ficaria perigosamente fragilizado, tornando ilusório qualquer bom resultado eleitoral nos tempos mais próximos.
Para o país, porque, sendo o PS a única alternativa real à direita em Portugal, fragilizar essa alternativa é fragilizar a democracia.
O país já "disse" a António José Seguro que não o vê como alternativa, ele é que não quer perceber.
Adiar o inadiável faz dele um cadáver político.
Adiar o inadiável faz dele um cadáver político.
Cabe aos militantes do PS acabar com o velório.
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