De costas para o país
Sentado na cadeira da presidência, Cavaco Silva está cego e surdo para a realidade que o cerca e há muito perdeu a noção do que seja o interesse nacional.
Qualquer pessoa de bom senso reconhece que, marcar eleições legislativas entre 14 de setembro e 14 de outubro, impossibilita praticamente o novo governo de apresentar o orçamento para o ano seguinte dentro dos prazos (15 de outubro).
Sendo o orçamento o mecanismo fundamental para a implementação das políticas dos governos, a não apresentação atempada desse instrumento atrofia o desenvolvimento, criando dificuldades a toda a administração pública, às empresas e às famílias.
Nada disto parece preocupar o presidente, nem o governo, nem o PSD, nem o CDS.
A sua preocupação é exaurir o povo até ao limite da sobrevivência e prolongar o máximo possível a sua permanência do poder, mesmo que isso acarrete graves prejuízos para a economia, o emprego, a saúde, e a educação.
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