Tristes festejos
Um incêndio catastrófico e o roubo de sucata militar de um armazém mal guardado deram à oposição de direita a motivação para fazer um alarido ensurdecedor.
Ambos os casos estão a ser investigados mas nem o PSD nem o CDS querem saber de investigações. Só falam em demitir ministros.
Embora os fogos florestais se repitam ano após ano, o de Pedrogão teve consequências desastrosas, nomeadamente em vidas humanas.
No entanto, explorar a perda de vidas humanas com objectivos político-partidários, além de ser eticamente reprovável, não ajuda na solução dos problemas resultantes, nem contribui para que estas tragédias não se repitam. É apenas baixa política.
Sendo uma questão estritamente militar, arrastar o roubo de Tancos para a esfera política - como pretendem os citados partidos -, é uma manobra demasiado óbvia para ter sucesso. Por outro lado, além de envenenar o ambiente político e social, não abona nada ao respeito que a instituição militar lhes devia merecer.
Os partidos que deitam foguetes quando as tragédias atingem o país são partidos doentes. Para governar o país precisam de se regenerar.
1 Comentários:
O Marquês de Pombal,após uma tragédia incomparávelmente maior que a de Pedrogão,com o Malagrida a gritar que era castigo divino e a fradalhada a dizer que era o fim do Mundo a chegar,afirmou: enterremos os mortos e cuidemos dos vivos! Ninguém de senso se sentiu ofendido e a reconstrução recomeçou. Tenhamos,agora mais modernos e civilizados a coragem de lhe seguir o exemplo! Mãos a obra!
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