sexta-feira, junho 03, 2005

A gordura dos Deuses

Sou doido por azeite.
Uma lembrança que gostava de voltar a saborear era uma fatia de pão torrado ensopada no azeite, como era costume nos velhos lagares. Mas isso passou à história.

Virgem, refinado, com mais ou menos acidez, nas saladas, no bacalhau, nos carapaus, nas sardinhas, nos ciclistas, na açorda, nos grelos, no caldo verde, nas migas com alho da minha terra, para me saber bem, tudo tem de levar azeite de oliveira. (Não de oliva que me lembra os filmes da máfia).

Não sei se foi por ter casado com uma algarvia (conhecem algum azeite do Algarve?), o certo é que este amigo começou a afastar-se e já quase não dava por ele à mesa.
É que as enganosas campanhas de marketing que caluniaram o sagrado óleo para imporem os sucedâneos, acabaram por produzir efeito.
Felizmente que o azeite vem recuperando terreno.

Então e os fritos, perguntarão os que ainda pensam que para isso são melhores os outros óleos? A resposta acaba de chegar pela boca de quem sabe:

“Em Portugal perdeu-se o hábito de fritar com azeite, o que hoje é recomendado.”
Quem o diz é nem mais nem menos que Maria de Lourdes Modesto. E diz mais: se a fritura for bem feita, é só virtudes.
Posto isto, atirem-se às iscas.

2 Comentários:

Às 03/06/05, 14:32 , Blogger j disse...

Ora, nem mais! Para além de outras, mais esta vantagem de casar com uma alentejana (pelo menos, com duas costelas...)!!!
É que lá em casa, reina o belo azeitinho (no caso, alentejano, como não podia deixar de ser).
E não foi necessária a sábia intervenção Modesta...
Diga-se, em abono da verdade, que foi das boas coisas que "vi" também na Grécia.
(jcm)

 
Às 03/06/05, 14:54 , Anonymous Anónimo disse...

Nem mais rapaziada, com azeite é que é.

 

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