A televisão e a universidade
Marcelo Rebelo de Sousa é professor universitário. Porém os portugueses conhecem-no da televisão. Mesmo a sua imagem como homem do PSD, de que foi presidente, fica esbatida pela avassaladora presença televisiva.
A regularidade semanal das suas intervenções televisivas ao longo de tantos anos foi um verdadeiro reality show produzido e realizado a seu bel-prazer.
Enquanto Marcelo Rebelo de Sousa entrava todos os domingos em casa dos portugueses à hora de jantar, apoiando a política de direita no disfarce do comentário, o ex-reitor Sampaio da Novoa dedicava-se à universidade, algo que para o antigo presidente do PSD é imperdoável.
Ambos são candidatos à presidência da República, e pelo que leio sobre o debate entre os dois, o ex-reitor terá obrigado o comentador-candidato a sair da sua zona de conforto, confrontando-o com o apoio que deu semanalmente ao governo de Passos Coelho e à política de austeridade.
Por mais que o comentador tente descolar de Passos e Portas, o ADN da direita conservadora acomopanha-o desde o berço, sendo natural o apoio dos partidos de direita. O que não é natural é Marcelo fingir-se de esquerda, que nunca foi nem será.
Desde Salazar a Cavaco Silva, a direita portuguesa nunca se assumiu como tal, gostando de se fingir de esquerda para enganar o povo.
Marcelo Rebelo de Sousa não é diferente. Tem é mais horas de maquilhagem...
1 Comentários:
O homem não está preparado para o contraditório, após tantos anos em monólogos. O seu desconforto foi notório, traduzindo-se num discurso inseguro, pouco convincente. Tom agressivo e de um-quase-mão-na-anca. Patético.
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