sábado, agosto 30, 2008

O Ferrari e Fiat 600

Luís Filipe Menezes afirmou esta sexta-feira que a diferença entre a sua liderança do PSD e a de Manuela Ferreira Leite é a mesma de um «Ferrari» e um «Fiat 600».

Se LFM percebesse alguma coisa de carros saberia que um Fiat 600 que se abasteça em Belém anda mais do que qualquer Ferrari...

sexta-feira, agosto 29, 2008

O que diz Vanessa

Mal seria se os comentários politicamente correctos que os necrófagos que a esperavam no aeroporto de Lisboa a obrigaram a dizer fizessem esquecer as importantes declarações que Vanessa Fernandes emitiu em Pequim.

Aqui ficam para memória futura:

“A alta competição não é brincadeira nenhuma. Não é fazer meia dúzia de provas, andar a receber uma bolsa e está feito. Muitos não vêem bem a realidade das coisas. Não têm a noção do que isto significa. Se calhar por termos facilidades a mais”.

«Nunca na vida vinha para aqui para viajar e ver os Jogos. Para isso não vinha. O meu pensamento nunca foi assim».

«É que há pessoas a quem lhes é igual ficar em 50º ou 20º ou o que quer que seja. Nunca pensaria assim. Até ficava desiludida se pensasse dessa maneira. Os resultados é que me dão ambição para fazer melhor para a próxima. E nunca estou satisfeita».

«Na alta competição deve haver objectivos concretos, pessoas em quem confiar a 100 por cento e nunca fazer as coisas só por si próprias. Ter sempre uma boa equipa, saber o que se quer, onde se está e o que significa alta competição»
«É como um trabalho. Tem de ser feito. Devemos trabalhar para o que fazemos, no meu caso o triatlo. Há dificuldades em Portugal em entender isso».

«Que mais posso querer?».
«Nos tempos do meu pai era trabalhar para ganhar dinheiro e treinar por gosto… “

quinta-feira, agosto 28, 2008

"A Estratégia Adequada”

Contrariamente ao que se diz por aí, a líder do PSD faz bem em não falar. É mais adequado mandar recados, que o Presidente sai logo a terreiro e não se trapalha (tanto) nos improvisos

quarta-feira, agosto 27, 2008

Uma questão de fé

Se a indepêndencia do Kosovo levantou muitas dúvidas, Portugal ainda não a reconheceu, para reconhecer a independência da Ossétia do Sul e da Abcázia é preciso ser crente...

terça-feira, agosto 26, 2008

Rússia reconhece independência de Ossétia do Sul e Abcázia

Confesso o meu desconhecimento do terreno. Mas separar de territórios contíguos parcelas mais pequenas que o Algarve, e com uma população que não chega a metade da do concelho de Sintra, para fazer deles países, é bizarro.

segunda-feira, agosto 25, 2008

Organizem-se!

Com 4,75 polícias por 1000 habitantes, Portugal ocupa o 7º lugar a nível mudial situando-se bem acima da média geral, que é de 3 polícias por 1000 habitantes.
A nível europeu, apenas é ultrapassado pela Itália, com 5,55 polícias por 1000 habitantes, o que não deixa de ser irónico...
(Com a devida vénia ao blogoexisto)

Sindicalismo religioso

Esqueceram-se das transfusões...

sexta-feira, agosto 22, 2008

Indecências

Os regionalistas que criticam qualquer investimento a sul de Espinho, continuam contra o Novo Aeroporto de Lisboa seja ele onde for (a guerra da Ota foi só para disfarçar) e não perdoam a Mário Lino, que a propósito do acidente aéreo de Madrid disse o óbvio: “a localização de um aeroporto dentro de uma cidade e de uma zona urbana, tem riscos que não deviam ser corridos”.

Retiros de Verão

Alberto João Jardim, que se traveste de palhaço pelo Carnaval, interrompeu o retiro do Porto Santo para vestir a batina e saiu-lhe uma homília.

Também Cavaco Silva interrompeu o retiro, lá no pedaço de céu que mandou reservar em Albufeira, para impedir que as mulheres vítimas de maus-tratos (e não só) possam divorciar-se independentemente da vontade dos maridos.
Mais valia permanecer retirado

O ouro é um metal raro...


.....Os campeões também!
........
Nelson Évora, Campeão Olimpico
Triplo Salto, Pequim 2008

segunda-feira, agosto 18, 2008

Partido dos Caciques

Alberto João Jardim podia ter disputado a liderança do PSD, mas acobardou-se e esse facto acelerou o seu declínio político. A sua voz tem cada vez mais dificuldade em fazer-se ouvir fora da Madeira e o discurso anti-continental, que desde sempre tem sido o leitmotif da sua governação, está tão esgotado que até o PSD já o ignora.

Perante esta indiferença, AJJ volta-se para os caciques do continente, entre os quais julga deter alguns resquícios de admiração, e acena-lhes com a criação de um novo partido, visando atraí-los para um populismo regionalista que reduziria o país a retalhos mais pequenos que a própria mesquinhez.

sexta-feira, agosto 15, 2008

Desculpas...

Antes das provas, os Olímpicos Portugueses são praticamente imbatíveis.
Depois, recusando assumir as medíocres prestações, desculpam-se com os árbitros, com o horário das competições, com “os jantares, recepções e campanhas publicitárias a dois/três meses dos Jogos”, e até com o ecran gigante que lhes assustou o cavalo…
Actualização (17.08.2008):
Respeito merece Francis Obikwelu, que assumiu a derrota com grande dignidade.

quinta-feira, agosto 14, 2008

Tomar partido

A propósito do assalto ao BES e da morte dum rapaz que integrava um grupo que tentou roubar uma vacaria, ressuma por aí a tentativa de culpabilização policial.
Embora não o assumam, os mentores desta vaga de fundo não podem ignorar que ao culparem a polícia, estão, em termos práticos, a desculpabilizar os criminosos, de nada valendo esgrimir malabarismos de retórica, tentando demonstrar o contrário.
Esta a cultura anti-policial pode mascarar-se de antifascismo serôdio, mas é apenas permissividade anarquista

De facto, entre a PSP e a GNR, a quem pagamos para que façam cumprir a lei, e os bandidos que, à margem dela, ameaçam a vida e o património alheios, hesitar em tomar partido é incentivar a marginalidade.

quarta-feira, agosto 13, 2008

Amanhecer

O mar,
Que te nasce aos pés,
Talvez conheça a distância de quem não se quer.
Mas nada sabe da dor
De quem longe não pode estar.

terça-feira, agosto 12, 2008

Uma Imperial muito especial...


domingo, agosto 10, 2008

A Vergonha das Bandeiras

Enquanto nas costas do Mar Negro se contarem os mortos aos milhares, as bandeiras deveriam ter vergonha de subir aos mastros para festejar as medalhas olímpicas.

sexta-feira, agosto 08, 2008

Provocação e Reacção

Haverá detalhes por esclarecer.
Mas, ao saírem para a rua com as armas apontadas à cabeça dos reféns, os assaltantes da dependência do BES forçaram a actuação da polícia.

quinta-feira, agosto 07, 2008

O Corpo e a Alma

Com total desprezo pelos interesses dos clubes a que devem a própria carreira e estão vinculados por contrato, Cristiano Ronaldo e João Moutinho aproveitaram as férias e lançaram-se numa cruzada para sair do Manchester e do Sporting, respectivamente.

Goradas as almejadas transferências, ambos usaram a mesma expressão, tentando apaziguar os adeptos: “Estou de corpo e alma no Manchester” (Cristiano Ronaldo); “Estou de corpo e alma no Sporting” (João Moutinho).

Nasceu-lhes uma alma nova, o que é vulgar, mas de um corpo novo não tínhamos memória. Milagres há todos os dias.

Mesmo assim, alguém devia ensinar a estes rapazes que quem semeia ventos, colhe tempestades…

terça-feira, agosto 05, 2008

Crime olímpico

Ao tomar a decisão de realizar os Jogos Olímpicos na cidade mais poluída do mundo, o Comité Olímpico Internacional (COI) estava consciente do perigo a que expunha os atletas de todo o mundo.
Enchem a boca com o espírito olímpico, mas são os primeiros a traí-lo.

segunda-feira, agosto 04, 2008

A Visita do Tubarão-frade

O tubarão que apareceu a sul da Comporta é um animal pacifico, pachorrento e nem dentes tem. Alimenta-se, filtrando até 2 toneladas de água por hora.

Embora o susto dos banhistas do Carvalhal seja compreensível, o mal que lhes podia fazer não se pode comprar à destruição provocada por um tubarão de Tróia…

sexta-feira, agosto 01, 2008

O Cruzado





















Pergunta: "Escreve num jornal onde há uma cruzada declarada contra José Sócrates?" Resposta: "Sim, com que eu na maioria dos casos estou de acordo." As frases entre aspas fazem parte de uma entrevista a José Pacheco Pereira conduzida por João Céu e Silva e publicada esta semana no DN.
O entrevistado escreve e opina em muitos meios - e sobre um deles, o seu blogue Abrupto, diz na mesma entrevista que lhe dá "mais poder" que "uma secretaria de Estado" - mas o único jornal da sua carteira pessoal de intervenções é o diário Público. Assim, ficamos a saber que Pacheco Pereira não só admite existir "uma cruzada declarada contra José Sócrates" por parte do Público, como está "na maioria dos casos de acordo".
Este, não haja confusões, é o mesmo Pacheco Pereira que escreveu uma inteira e indignada coluna no mesmíssimo Público sobre a forma como a sua candidata à liderança do PSD, Manuela Ferreira Leite, foi enquadrada na entrevista que deu a Judite de Sousa na RTP, sustentando a tese de que ela, ao contrário do que se passou com os outros candidatos, fora sempre filmada em grande plano com o intuito de, subliminarmente, lhe causar dano (para mostrar a idade, as rugas, etc.). É o mesmo Pacheco Pereira que dia sim dia sim se insurge contra "a governamentalização da RTP", o mesmo Pacheco Pereira que está sempre vigilante em relação a qualquer coisa que possa parecer-lhe, em qualquer meio de comunicação social, favorável ao Governo em funções - ou não suficientemente desfavorável? - e que quando o Público lançou dúvidas sobre o currículo académico do primeiro- -ministro vergastou os órgãos de comunicação social que não seguiram logo "a pista" (ou seja, na linguagem de Pacheco Pereira, "a cruzada").
O mesmo Pacheco Pereira que, comentador na SIC Notícias, colunista na Sábado e no Público e de um modo geral ouvido por tudo e todos sobre todos e tudo, fala de "silenciamento das opiniões contrárias", insinuando a existência de uma conspiração para calar os que, como ele, "não se calam", o mesmo Pacheco Pereira que quando o seu blogue foi alvo do ataque de um hacker divisava já no facto uma perseguição política. O mesmo Pacheco Pereira que passa a vida a arremeter contra "o jornalismo de causas" que, não se cansa de repetir, "não é jornalismo". É este Pacheco Pereira, o impoluto defensor do jornalismo "imparcial" e "objectivo", que afinal alinha em "cruzadas declaradas" por jornais - e, fazendo-lhe a justiça de não o considerar néscio nem sequer distraído, não se coloca a hipótese de ele ignorar que "cruzada" equivale, em qualquer dicionário, a guerra santa, assim a modos que o contrário de imparcialidade e busca da verdade.
Parece no entanto que a afirmação passou sem grandes comentários ou ondas. No Público, não houve, até ver, desmentidos nem respostas àquele que foi, muito recentemente, seu director por um dia. O Conselho de Redacção do jornal não reagiu nem se ouviram pedidos de apreciação/intervenção por parte da Entidade Reguladora. Deve ser pois pacífico: o Público, cujo director não se coíbe de escrever sobre as "agendas políticas" de outros jornalistas e ministrar pretensas lições de deontologia, faz cruzadas declaradas contra pessoas. E um dos intelectuais mais reputados do regime, o tal que abjura "o jornalismo de causas", aprova. Peço que me perdoem, mas a falta de vergonha às vezes ainda me espanta. Coisas de jornalista.