sexta-feira, novembro 30, 2012

Monstruosidade constitucional

Com excepção do Gaspar, mas esse não acerta uma, parece haver unanimidade quanto às consequências da  execução do orçamento para 2013: Aumento da recessão, aumento do desemprego, aumento do deficit.
Se uma lei, inequivocamente e em simultâneo, provoca o aumenta do desemprego,  agrava a depressão económica e aumenta deficit, está conforme a Constituição, é obvio que teremos de mudar de Constituição...
 
P.S.: Deitar a lei para o lixo é mais barato e  o ambiente agradece... 

quinta-feira, novembro 29, 2012

Internem-no!


Se o deixarem, acaba por deitar a casa abaixo.

quarta-feira, novembro 28, 2012

A certificação do bacalhau

Ora aqui está uma boa causa. A lei das rendas pode esperar.
A ministra Assunção Cristas que se concentre no essencial: O bacalhau pode ser da Noruega, mas o gosto é português.

terça-feira, novembro 27, 2012

Sem regresso

Este é um dia sem regresso”, diz António José Seguro, como se fosse possível regressar aos outros dias…
O governo é que não tem regresso. Orçamento aprovado, governo por água abaixo...

segunda-feira, novembro 26, 2012

Impaciências


 (Principe Carlos, desesperando por um trono que nunca mais vaga)

O meu amigo Gaspar

Membro do VLD, um partido liberal flamengo, professor de economia em prestigiadas universidades, conselheiro de Durão Barroso, Paul De Grauwe está longe de ser um esquerdista, mas o seu conselho vai cair em saco roto.
O que ele diz ao seu amigo Vítor Gaspar, já muita gente em Portugal lho disse. Mas, com o à-vontade de quem tem emprego em Berlim, ele afina o falsete à moda de Comba Dão e, com aquele olhar manhoso de quem está a gozar o prato, responde com  mais impostos.

domingo, novembro 25, 2012

Retrato de quem nos governa


"Na verdade, os portugueses também já “ajustaram” os governantes. “Miúdos”, “garotos”, como o povo manifestante bem intui, percebendo a sua inexperiência da “vida”, saídos da pior escola, carreiristas e espertos, obcecados pela “imagem” mediática, conhecedores de mil e um truques, tão vingativos como ignorantes, deslumbrados pelo seu poder actual, subservientes face a todos os poderosos, e que incorporaram um profetismo grandioso sobre “refundar” o país, que rapidamente se torna numa luta pela própria sobrevivência política, custe o que custar."

José Pacheco Pereira (retirado daqui)

A última piada de Alberto João


Se, na Madeira, nem  liberdade de imprensa existe,  e quem se atreve a criticá-lo é perseguido, como é que Alberto João Jardim vai mudar  Portugal, democraticamente?

sábado, novembro 24, 2012

Cristiano, o perseguido


Porque será? O comentador do AS não explica, mas compara-o a Raúl e a Di Stéfano. Porém, não consta que estas duas glórias do Real Madrid fossem perseguidas. Pelo contrário, eram acarinhadas e protegidas. Até hoje.

É certo que não eram portugueses…

sexta-feira, novembro 23, 2012

A lata faz toda a diferença

Apanhada na “burla do gasóleo”,  em vez de contestar com dados o relatório da DECO - que concluiu que o gasóleo “premium” é igual ao gasóleo “normal”, excepto no preço -, a Galp responde com um arrazoado que culmina nesta pérola: "antes de chegarem ao cliente final, os combustíveis passam por circuitos e processos diferentes e é aqui que as principais petrolíferas fazem toda a diferença, uma vez que os combustíveis que comercializam passam por processos avançados de aditivação, os quais são sujeitos a um rigoroso controlo de qualidade".
Era bom que a Galp explicasse melhor os "circuitos e processos diferentes"  onde “as principais petrolíferas fazem toda a diferença”, porque, nos testes da DECO, o única diferença que resulta dos “processos avançados de aditivação” é o preço. 

A aldrabice

O petróleo pode estar a esgotar-se, mas as gasolineiras têm uma capacidade inesgotável para sacar dinheiro aos automobilistas.
Quem não tuge nem muge é a autoridade da concorrência etc. e tal, que deve comer do mesmo tacho.

quinta-feira, novembro 22, 2012

E o mais que adiante se verá...

Noutros tempos, não muito remotos, figuras do PSD inventavam fantasmas a que chamaram “claustrofobia democrática”. A psicose culminou numa ridícula manifestação pela liberdade de informação que ninguém levou a sério, nem podia.
O ministro tentou encobri-los, mas a carga sobre a manifestação de 14 de Novembro tem muitos rabos de palha e é uma história mal contada.

quarta-feira, novembro 21, 2012

Há limites para a hipocrisia?

Não sei se os portugueses esqueceram o mar, a agricultura e a indústria, mas pelo menos uma boa parte deles esqueceu-se de quem incentivou o abandono da agricultura, o abate da frota pesqueira, e o desmantelamento da industria: os governos de Cavaco Silva.
Ainda bem para ele, porque se não se tivessem esquecido, teriamos outro Presidente ...

terça-feira, novembro 20, 2012

...Mil bombeiros e dois burros...

Levá-los à manifestação tem que se lhe diga. Mas o que não se admite é chamar-lhes autotanques.  Não são nenhuns camelos...  

Previsões

Todos sabemos que o Ministro das Finanças, Vítor Gaspar, é um ás em previsões. Não acerta uma.
Ontem, naquilo a que a comunicação social designou por “divulgação da avaliação da Troika”,  mas que o ministro aproveitou para justificar a sua preferência pela austeridade em detrimento do crescimento,  quiçá incomodado com a desgraça já  garantida para 2013,  Vítor Gaspar conseguiu  prever melhores dias para 2014, 2015, 2016…
Convém lembrar que no início do ano o governo  previu a retoma para o segundo semestre de 2012 e ainda há poucos meses a garantiu para 2013...
Se ao menos acertassem num trimestre...

domingo, novembro 18, 2012

Aquele abraço…

"As receitas que estão aplicando na Europa, levarão a uma recessão brutal.”
"...Não creio que o problema seja o Estado Social. O problema é que estão a ser aplicadas soluções inadequadas para a crise e o resultado é o empobrecimento das classes médias. A este ritmo, Isso produzirá uma recessão generalizada.”
(Dilma Rousseff, presidente do Brasil- El Pais)

sábado, novembro 17, 2012

Core Business

“Em 2011 as campanhas de recolha em supermercados contribuiram apenas com 10% do valor dos produtos recolhidos pelo Banco Alimentar de Lisboa. A indústria agro-alimentar, reciclando os seus excedentes, doou 43%. A reciclagem de excedentes da UE contribuiu com 22%. O Mercado Abastecedor da Região de Lisboa (de novo, os excedentes) doou 11%. As retiradas de fruta pelo IFAP (ainda os excedentes) renderam 6%. Ou seja, ao todo, o escoamento de excedentes correspondeu a 82% do valor dos produtos distribuídos.”
“… o core business do Banco Alimentar não é a nossa caridade, é evitar o escândalo da destruição de produtos alimentares no nosso país e na nossa Europa.”  (Banco Corrido)

(siga o link, siga o business…)

sexta-feira, novembro 16, 2012

“E da próxima vez será pior”

Da CGTP ao Ministro da Administração Interna, de António José Seguro a Cavaco Silva, ninguém poupou na água benta para limpar as nódoas que um olhar mais rigoroso pudesse descortinar na carga policial sobre os manifestantes de S. Bento.
Porém, como ontem já alertei, nestes casos, ninguém fica bem na fotografia, e os relatos sobre excessos policiaisdetenções ilegais, já se fazem ouvir.
De facto, aguentar o apedrejamento até esgotar as pedras da calçada, só pode considerar-se  uma  “actuação adequada”  a desculpar a reacção que se seguiu.
Se os polícias fossem bombeiros saberiam que é mais fácil dominar um incêndio quando começa, pressupondo que o querem apagar...

quinta-feira, novembro 15, 2012

Ninguém ficou bem na fotografia...


"Dia de greve geral terminou com carga policial e vandalismo"

(Foto Diário de Notícias)
 
(Foto Jornal de Notícias)

quarta-feira, novembro 14, 2012

Rescaldo do dia

terça-feira, novembro 13, 2012

A cegueira de Passos Coelho

De tanto querer agradar à Chanceler Merkel, Passos Coelho está a aplicar a Portugal as politicas que interessam à Alemanha, não as que interessam a Portugal.
E nós a pagar...

segunda-feira, novembro 12, 2012

A visita da Chanceler


Parabéns à Porsche, Bosch, Volkswagen, BMW, Siemens, Daimler Benz, Continental…
Para os pastéis de Belém, nem por isso, apesar dos esforços do Álvaro.

domingo, novembro 11, 2012

Descontexto


Quando a língua lhes foge para a verdade, desculpam-se com o descontexto. Porém, o que se diz “sem pensar”, é o que se pensa…

sábado, novembro 10, 2012

Bifes

Houve um tempo, não foi há muito, em que a maioria dos portugueses nem sabia como se lavavam os dentes e só alguns o poderiam fazer com a torneira a correr. Os outros tinham que ir à fonte buscar água.
Nunca conheci ninguém que comesse bifes todos os dias. O que eu conheci, desde pequenino, foi gente de barriga cheia que se escandalizava se um pobre a queria encher. Mas isso, do mal o menos. Porém, se, além do bife, os pobres quiserem carro e casa, então há que fazer qualquer coisa e ainda bem que o governo não dorme.
Durante algum tempo, enquanto os ricos punham o dinheiro a salvo nos offshore, os pobres compravam casas e carros a crédito, e ainda dava para a picanha pois, ao contrário do que se diz na televisão, o bife nunca chegou a todos. Mesmo assim, dizia-se que a pobreza ia acabar. Felizmente  as pessoas de bom senso, (ricos, pois claro), conseguiram evitar tal tragédia e a tendência já se inverteu: Agora há pobres em cada esquina e são cada vez mais.
Mas dá um grande trabalho convencê-los de que não podem ter tudo, senão deixavam de ser pobres. E que seria dos ricos se não houvesse pobres? A quem dariam esmolas, e para quem fariam peditórios?
Um rico não é rico se não tiver a sua reserva de pobrezinhos a quem nunca falta nada para continuar a ser pobre. Se algum se queixa, há sempre uma palavra amiga: ai aguenta, aguenta

O país a fechar


No próximo 19 de Novembro, terça-feira, levem o farnel de casa, porque podem esbarrar  com o nariz na porta do restaurante.

Num país de marinheiros, se  os barcos já têm dificuldade em atracar,  o país vai-se fechando…

sexta-feira, novembro 09, 2012

As conveniências da fome

Enquanto José Sócrates governou, Isabel Jonet não se calava com a fome e a miséria que grassava no país, bem acolitada por Cavaco Silva na célebre campanha dos restos dos restaurantes. Agora, que o país bateu no fundo, diz que “em Portugal não existe miséria nem fome”, contrariando desta forma o governo, que reconhece haver "10 385 crianças com carências alimentares..." 
Ainda bem que a fome obedece às conveniências da presidente do banco que a alimenta.

quinta-feira, novembro 08, 2012

O estranho caso da relva contaminada nos Açores

Nos Açores, a relva é uma riqueza. Sem ela, o queijo de S. Jorge,  o flamengo de S. Miguel, ou   a manteiga, não saberiam tão bem. O pior que podia acontecer aos Açores era alguém levar para lá relva contaminada. E tentaram...
As notícias postas a circular pelas arrastadeiras do costume de que alguém queria agredir Miguel Relvas nos Açores, é uma contaminação altamente tóxica, na senda das inventoras a que a nossa comunicação social dá crédito sem pestanejar.
Aliás, a comunicação social não só dá crédito, como nem sequer se faz rogada em colaborar nas maroscas que os esbirros da direita política engendram, na lúgubre tradição da Legião Portuguesa. A inventona das escutas de Belém, e a “montagem” da fraude a que se chamou processo Freeport, só foram possíveis com a participação activa e continuada de uma boa parte da comunicação social, enfeudada à direita mais retrógrada.
Se bem que a permanência de Miguel Relvas no governo ofenda qualquer pessoa de bem, bater-lhe seria reabilitá-lo. Ele não merece.
 

quarta-feira, novembro 07, 2012

Nem foi preciso esperar muito...

"...Sócrates 'vai ser bem avaliado' nas páginas da História..."

OBAMA

 
 
 
           

terça-feira, novembro 06, 2012

Mitos

Muitos portugueses votaram na maioria que nos governa porque acreditou nos mitos que lhe prometeram na campanha eleitoral.
O Nicolau Santos explica  como é que eles acabaram:
 



P.S.: Em Belém, até o Facebook se calou...

Refundar, reformar, triturar…


Que mais irá acontecer ao Estado Social?
 

segunda-feira, novembro 05, 2012

Na terra de Merkel


Deutsche Bank reserva hotel de luxo para decidir austeridade” e informou que vai despedir dois mil empregados…

domingo, novembro 04, 2012

Um governo contra a democracia

Já poucos duvidam. Da esquerda à direita do espectro democrático, vozes insuspeitas alertam-nos todos os dias para o abismo que nos espreita, se o governo continuar a insistir nas políticas que prossegue.
Não é só Mário Soares a alertar para os perigos que corre a democracia. Manuela Ferreira Leite afina pelo mesmo diapasão ao afirmar que «só existem democracias sólidas assentes numa classe média forte» e que qualquer processo de destruição da classe média é «ameaça tremenda à democracia».
Por outras palavras, se queremos salvar a democracia, temos de nos livrar deste governo. O Presidente da República, que tem a obrigação de zelar pelo respeito da Constituição e pela democracia, é que tarda a decidir-se.

sábado, novembro 03, 2012

Campanha do Gasóleo

sexta-feira, novembro 02, 2012

Numa ilha, aqui bem perto...


Quem nos governa (II)

"Estamos entregues às insuficiências de um homem que baralha tudo e que presume enganar os outros com atropelos semânticos. O nosso cansaço advém de já termos compreendido que a inépcia de Passos Coelho não é uma escolha entre contradições, sim um processo mental complicado, pela obstinação no erro e pela recusa em o admitir." (Baptista-Bastos - Este homem é perigoso)
 

quinta-feira, novembro 01, 2012

Quem nos governa?

Segundo Marques Mendes, os técnicos do FMI já estão em Portugal “a preparar reforma do Estado”. A isto se resume a Refundação de Passos Coelho.
Marques Mendes pode achar uma grande ideia pedir a uns técnicos estrangeiros que nos digam quanto devemos cortar na saúde, na educação ou nas prestações sociais, que a tanto se resume a refundação de que fala Passos Coelho. Mas não é. Mexer nas funções do Estado Português é tarefa para portugueses, não para estrangeiros, que estão a milhas da nossa realidade.
Com a sua politica de austeridade para além da Troika, este governo malbaratou a confiança e o crédito de quem o elegeu e sente que já não tem legitimidade para tomar decisões. A vinda dos técnicos do FMI é uma tentativa para recuperar essa legitimidade. O problema é que os direitos sociais dos portugueses, ou a sua alteração, não dependem da opinião dos técnicos do FMI.
Quando os portugueses elegem os seus representantes é no pressuposto de que eles assumem as suas responsabilidades. Se o governo perdeu a capacidade de governar, que se demita, porque não há pior crise do que ter um governo a fingir…