terça-feira, dezembro 29, 2015

Esperar para ver

A passagem de Paulo Portas pelo governo ficou marcada por se ter demitido de forma  irrevogável,  provocando uma crise política. 
Poucos dias passados, voltou com a palavra atrás e continuou no governo.

Por isso, a decisão de abandonar a liderança do CDS vai ter de aguardar  pela prova tempo  para ver se não é mais uma geringonça do carrossel do Paulinho das feiras.

domingo, dezembro 27, 2015

"Acudam à direita que a matam"

quinta-feira, dezembro 24, 2015

Boas Festas

quarta-feira, dezembro 23, 2015

Anos perdidos

Começa agora a fazer-se o balanço da intervenção da troica e dos quatro anos de governo PSD / CDS. Porquê só agora? 
Primeiro, porque muitos portugueses só agora se dão conta dos logros com que a propaganda desse governo os enganou. Segundo, porque a generalidade da comunicação social,  que colaborou na armadilha  de "não haver alternativa" à política seguida por Passos, Portas e Cavaco nos últimos quatro anos, só agora começa a distanciar-se dos  que ontem apoiava.

Feito o balanço, tornou-se  óbvio que os objectivos que trouxeram a troica a Portugal não foram atingidos e a fanfarronada de "ir a além da troica" só veio agravar os estragos.

A dívida, que em 2011 não chegava a 100% do PIB, está agora nos 130%.  
A emigração aumentou exponencialmente e nem assim o desemprego baixou.
A economia estagnou, o sistema financeiro ficou irreconhecível e só à custa dos contribuintes se evitou o colapso.
O país empobreceu.

Para recuperar deste pesadelo, mudar de governo foi o primeiro passo e está para breve o afastamento do outro grande responsável pelo descalabro do país, que ainda mora em Belém.

terça-feira, dezembro 22, 2015

E o Presidente da Republica também não sabia?

Sabe-se agora que a "saída limpa" de que o PSD e o CDS se vangloriaram até à náusea, pôs o lixo debaixo do tapete. 
A situação a que o governo PSD/CDS deixou chegar o BANIF, escondendo a verdadeira situação do banco para fins eleitorais, é típica de um governo que aldrabou os portugueses desde o dia em que tomou posse até ao dia em que foi derrotado na Assembleia da Republica.


Para isso contou com a total conivência  de Cavaco Silva, que também alinhou na propaganda da saída limpa e  custa a crer que  não soubesse o que se passava no BANIF, tal a intimidade com  o governador do Banco de Portugal, a quem ainda recentemente pediu conselhos sobre o nomeação do governo... 

Quando o ainda Presidente da República voltar a falar da "estabilidade do sistema financeiro" recordem-lhe o que disse sobre o BES em vésperas do colapso do banco de Ricardo Salgado e perguntem-lhe porque deixou chegar o BANIF a uma situação intolerável sem dizer  uma única palavra sobre o assunto.

segunda-feira, dezembro 21, 2015

O último porto de África

As greves de estivadores causam sempre alvoroço. São dramáticas. 
No porto de Lisboa há uma greve condicionada à utilização de trabalhadores precários, o que ainda não aconteceu. Ao contrário de outros portos, em particular do de Leixões, onde "a maioria trabalha em regime de prestação de serviços ou com contratos diários", os estivadores do porto de Lisboa não toleram ser substituídos por "pessoas estranhas ao trabalho portuário",

A avaliar pelo que se passa em Leixões, um porto conhecido como o "último porto de África para quem vem do Sul",  não será Lisboa que está mal...


sexta-feira, dezembro 18, 2015

O tudo e o nada

O acordo do PS com os partidos à sua esquerda foi provavelmente o melhor reforço para a democracia desde que Melo Antunes se opôs à ilegalização do PCP na sequência do 25 de Novembro de 1975.

Uma democracia moderna tem de ser suficiente forte para albergar todos partidos que respeitem a Constituição. Excluir alguns da possibilidade de governar é inconstitucional e não é democrático.

Mas se o acordo dos partidos de esquerda foi um  boa notícia para Portugal - e também para a Europa, embora alguma ainda não tenha percebido - não parece muito saudável que alguns partidos subscritores do acordo ameacem rasga-lo, ainda que seja  a fingir.


Que o PCP queira marcar o seu terreno é compreensível, mas fazer birras por tudo e por nada não parece a melhor estratégia.

quarta-feira, dezembro 16, 2015

Hello, wake up!!!

Recorde-se que foram estes partidos ainda coligados que prometeram devolver 35% da sobretaxa a poucas semanas das eleições e que, logo após as eleições mas ainda convencidos de que continuariam a governar, se apressaram a comunicar que não havia condições para devolver nem sequer um por cento da dita cuja. 

Vê-los votar contra a devolução aos portugueses do que eles lhes roubaram, além de estúpido, é cegueira politica.  

terça-feira, dezembro 15, 2015

Heranças de Passos e Portas

Apesar de ter sido avisado para os problemas do Banif,  o governo Passos /Portas deixou a situação arrastar-se até se tornar incontrolável.
Como se não bastasse o BES e o Novo Banco para aquilatar da incompetência de Carlos Costa e Maria Luís Albuquerque para tutelarem o sistema financeiro, o buraco Banif aí está para apontar o erro que foi a recondução do Governador do Banco de Portugal.

segunda-feira, dezembro 14, 2015

Culturas

sábado, dezembro 12, 2015

A imitação de Cavaco

"Passos apoia Marcelo, mas quer que seja como Cavaco"

Se Marcelo quiser ser recordado como um presidente partidário,  deve seguir o exemplo de Cavaco. 

Se inventar escutas para pôr em causa um governo por não ser do seu partido e se vingar dos populares que o insultam - como o infeliz de Elvas -, estará bem encaminhado  para  disputar a Cavaco Silva o ceptro do pior de presidente da era democrática.

Se cultivar amizades sem escrúpulos que lhe vendam acções baratas e as recomprem pelo dobro, ficará parecidissimo com o homem de Boliqueime.

Se fizer todas as vontades a Passos  Coelho e assobie para o ar quando este violar a Constituição mesmo debaixo do seu nariz, então Marcelo Rebelo de Sousa será apenas  uma  reencarnação de Aníbal Cavaco Silva.


No entanto, primeiro é preciso ganhar as eleições. Deitar foguetes antes da festa não  lhe fica bem.



sexta-feira, dezembro 11, 2015

O dedo na ferida


Os jornalistas que se constituem assistentes nos processos mediáticos para terem acesso a peças em segredo de justiça e as publicam, são vulgares criminosos. Como tal, têm de ser punidos.

terça-feira, dezembro 08, 2015

Democracia musculada


Este filme já é antigo. O radicalismo de Passos Coelho transformou o partido num rebanho monocolor que durante quatro anos nem tugiu nem mugiu às tropelias do governo. As excepções contam-se pelos dedos e José Pacheco Pereira é uma delas.
Quem no PSD não gosta das críticas de  Pacheco Pereira tem a consciência pesada, mas não foi ele que renegou a social-democracia..

segunda-feira, dezembro 07, 2015

Caracas e Paris – que futuro?

A Frente Nacional (Front National) fundada por Jean Marie Le Pen e agora liderada pela sua filha Marine Le Pen, ganhou eleições regionais em França.
Tal vitória deixou em maus lençóis o partido republicano de Sarkozy e o partido socialista de François Hollande, que se preparam para uma renhida segunda volta.


Tanto num caso como no outro, os augúrios sobre o futuro liderado pelos vencedores está cheio de incógnitas.

Tendo em conta a tradição democrática francesa e os compromissos europeus, presume-se que a organização de Marine Le Pen não se afastará do modelo europeu. Uma rutura poria em causa a União Europeia.


Não tendo as mesmas tradições, nem as mesmas relações de vizinhança, o futuro da Venezuela parece mais incerto. São de prever interferências do amigo americano tentando recuperar a influência perdida desde Hugo Chávez. 
Porém, a aproximação dos países sul-americanos ao gigante do norte costuma fazer faísca.

domingo, dezembro 06, 2015

Sementes de ódio

Pior que o deficit e a dívida que deixou, o governo de Passos e Portas aumentou as desigualdades e provocou fissuras e sociais onde não existiam. 
O ódio com que perseguiu os mais velhos é talvez a mais tenebrosa herança desse governo de má memória.
Basta ler alguns comentários nos jornais on line para ver como o ódio semeado contra os idosos teve seguidores, que sob a capa do anonimato não perdem nenhuma oportunidade para espalhar o veneno que destilam.
O ódio instigado por um instinto primário de vingança ficará como marca do governo de Passos Coelho e Paulo Portas, a meias com o actual inquilino do Palácio de Belém.

sexta-feira, dezembro 04, 2015

A austeridade é para os outros...

Depois de ter sido chumbado no parlamento, o governo de Passos e Portas gastou à tripa forra, pondo em causa a meta do deficit.

Amuados e ressabiados

"A direita já apresentou o seu caso. Durante quase um mês argumentou, exorbitou, rangeu os dentes, quase levou o Presidente da República a enveredar pelo caminho muito sensível de rejeitar uma solução com apoio maioritário no Parlamento. Ontem levou a votos a moção de rejeição, que naturalmente ficou pelo caminho pela força dos votos da esquerda, mas agora é tempo de arrepiar caminho. 
A solução Costa pode não agradar a todos – e seguramente não agrada a uma fatia considerável dos portugueses –, mas a verdade é que entrámos no clube da normalidade democrática, com a formação dos governos abrangendo toda a amplitude da geografia política eleitoral, proporcionando equipas de geometria variável e acordos à la carte. 

Passámos de uma democracia refém dos arranjos entre três partidos, para uma democracia de representação parlamentar aberta o que, convenhamos, significa um salto na qualidade da cultura política. Esta é, há muitos anos, a prática vigente em muitas das democracias mais avançadas da Europa, sem que tal signifique um atropelo ao Estado de Direito. 

O corte abrupto com a “tradição” justificou uma reacção inicial agastada por parte da coligação, mas tanto ressentimento já cansa. A direita continua presa numa teia de vitimização que lhe tolda qualquer vislumbre de futuro, incapaz de agir ou de ter qualquer papel e influência na definição de políticas para o país."

quinta-feira, dezembro 03, 2015

“A expressão ‘saída limpa’ foi um resultado pequeno para uma propaganda enorme”

De um lado a demagogia e propaganda mentirosa, do outro a seriedade.
O PSD/CDS não desilude: cinismo em cada intervenção, mentiras freneticamente aplaudidas pelas respectivas bancadas.
É a demagogia à solta.
O achincalhamento novo ministro das finanças também faz parte da estratégia do PSD e do acólito CDS.