Empate técnico

 As sondagens mais recentes - à boca das urnas - previa um empate técnico entre o PSD e o PS. 

Afinal, o PS ganhou e não foi à tangente: foi com maioria ABSOLUTA!

Não sei como são feitas as sondagens, nem sou vidente. Porém sempre me pareceu exagerada a relativa arrogância do PSD em vésperas das eleições.

Moral da história: quem chumba orçamentos, - deixando-se embalar por sondagens -, pode acordar com pesadelos...

Votar

 1969 foi um ano marcante: Em Fevereiro, no dia 28, um sismo acordou Lisboa um pouco antes das quatro horas da manhã. Um mundo de gente em alvoroço no meio da rua!

O frenesim continuou, pois o país sentiu um pouco de liberdade com o anúncio de eleições legislativas,  que haviam de realizar-se em finais de Outubro.  Por isso, foi possível, durante o Verão que as precedeu, cheirar um pouco de liberdade, com alguns jornais a aproveitar.

Para mim, que era leitor do saudoso Diário de Lisboa, foi uma sensação libertária.  Creio ter sido por essa altura que começou a ser publicado por este jornal o suplemento "A Mosca", cujos cartoons ainda hoje sobrevivem on line.

Embora o regime tenha continuado, de algum modo foi o prenúncio do que viria a acontecer, cinco anos depois, numa manhã de Abril.

Votar é, por isso, importante. Aproveitem que, agora, é possível fazê-lo livremente. 

O epíteto da Rosa

 "sabemos bem como ele perseguiu jornalistas, ostracizou os agentes culturais e premiou quem merecia as suas ambíguas simpatias." (De outro blogue)

O "nazizinho" de Rosa Mota será talvez exagerado, mas ela, que é do Porto, certamente tem as suas razões.

Rui Rio poderá ser o próximo primeiro-ministro, está a concorrer por isso. Porém, a sua passagem pela Câmara Municipal do Porto deixou rabos de palha que ensombram a sua aparente simpatia.

A sua insensibilidade cultural não o impediu de ser presidente do Porto. No entanto, Lisboa não é o Porto, nem o Tejo é o Douro...

Exercendo-se o cargo de primeiro-ministro na capital, Rio corre o risco de meter água e os coletes salva-vidas de Lisboa não lhe assentam bem: Cultura, cosmopolitismo, críticismo, etc...

Enfim, Lisboa é atraente, mas as armadilhas espreitam em cada esquina...

Incertezas

 As sondagens de hoje - agora fazem-nas diariamente - apontam para um empate entre o PSD e o PS. 

Não  milito em partidos, mas nunca me identifiquei com a direita. A liberdade é um bem precioso. 

Sei do que falo, porque sou do tempo em que, mesmo nas conversas de café, tinha de se ter cuidado, não fosse algum bufo ouvir..

Ucrânia, uma brasa na guerra fria

 Com uma área maior que a França e uma população ligeiramente inferior, a Ucrânia não é  um país qualquer.  Um ataque da Russia, que alguns (Joe Biden) consideram inevitável,  não deixará de ter uma resposta. 

A hipótese de o conflito se alastrar, envolvendo paises da Nato,  não é negligenciável, fazendo acordar  os fantasmas duma guerra mundial. 

A Europa tem sido um oasis de paz nas últimas décadas, o que permitiu que se atingisse um nivel social e económico nunca antes conseguido. A paz é um bem essencial, bem como a democracia em que vivem a generalidade dos paises da Europa ocidental. Importa defendê-los contra as ameaças que se avolumam no horizonte. 

O estalo do Marco Paulo

 A agressão deste anormal à simpática e inocente Ana Marques, é merecedor da mais veemente condenaçao e repúdio. 

Além disso, já era tempo de a SIC deixar de dar palco a individuos mal formados, que propiciam estes tristes exemplos e em nada a dignificam. 

A culpa foi do Pessoa

 Durante muitos anos, até ao 25 de Abril de 1974, a Coca-Cola foi proibida em Portugal, embora nas colónias se vendesse livremente. 

A culpa terá sido de Fernando Pessoa com a frase - "primeiro estranha-se, depois entranha-se" - teferindo-se a esta bebida, que terá irritado o médico Ricardo Jorge, o qual, apesar do seu reconhecido  mérito, era uma figura grada do regime, e proibiu-a em Portugal. 

Reta final

 Entramos na última semana de Janeiro, que é também a derradeira da campanha eleitoral. 

Tenho visto uma ou outra intervenção televisiva dos partidos concorrentes e tirei uma conclusão: novidades não há.

No entanto, ver sempre as mesmas caras,  além de cansar, também indicia pouca renovação do pessoal político, algo que pode tornar-se preocupante. A política, como todas as actividades humanas, precisa de gente jovem para se renovar. 

O inimigo do meu inimigo...

 Carlos Moedas criticou o PS, que faz oposição na Câmara de Lisboa, e aproveitou para elogiar o PCP por, segundo ele, ser "exemplar".

Quando a direita elogia a esquerda, há moiro na costa e, neste caso, até está bem ã vista: as eleições estão à porta e todos os meios são válidos para ganhar votos. 

Quem luta pelo eleitorado comum,  o chamado centrão, é o PSD e o PS. O PCP é doutro campeonato e quem lhe disputa os eleitores é o PS...

Em tempo...

Acabei de reconhecer a personalidade jurídica da minha máquina de café, um autêntico robô...

Não CHEGA mandar bocas

 Uma das bandeiras de André Ventura é a crítica ao que chama "subsídio-dependência com Mercedes à porta".

Questionado para apontar exemplos, refugiou-se na falta de fiscalização para escapar à resposta. 

A demagogia é uma doença antiga da politica, ou melhor, dos políticos.  

No entanto, alguns,  não têm mesmo mais nada.

Quem se assume...

 Quem se assume arrisca, mas quem não arrisca não petisca, diz o povo.

Ao assumir almejar a maioria absoluta, António Costa deu uma bofetada à sonsice, que caracteriza muita gente que anda na política. 

Não sei se ganhará com essa maioria, mas pelo menos diz ao que vem, o que ajuda a separar as águas. Os eleitores que decidam entre os sonsos e os que se assumem.

Comparações

 Na comparação entre António Costa e Rui Rio, parece que os portugueses valorizam mais o dirigente  socialista.  

É certo que os líderes partidários não se confundem com os respectivos partidos. No entanto, é  a sua imagem e a sua actuação que ganha ou perde votos, pelo que não se pode desvalorizar a influência dos líderes nos resultados eleitorais. 

Ele é que devia pagar...

 Fernando Medina já não é presidente  da câmara municipal do Lisboa. Porém,  é ele o responsável pela multa que câmara vai ter de pagar pela entrega à embaixada da Rússia dos nomes dos cidadãos daquele país,  que se manifestaram em Lisboa pela democracia. 

Na altura prometi que não votaria nele em futuros eleições, que entretanto já perdeu para Carlos Moedas.

Um estranho campeonato

As análises dos comentadores ao debate entre António Costa e Rui Rio, assemelham-se aos comentários de um jogo de futebol. No entanto,  há diferenças, e são muito grandes. 

Num debate entre candidatos a primeiros-ministros, o importante são os programas com que se apresentam,  e (last, but not least) a ideologia que os motiva.

Em Portugal,  porém, tanto o PS como o PSD lutam pelo centro, pois é aí que se ganham as eleições. Embora um mais à esquerda, outro um pouco à direita, como estamos condicionados pela União Europeia, as políticas não podem divergir muito, mas é saudável para a democracia haver alternativas. 

Insólito?

 Na CAN, o campeonato das nações africanas, um árbitro terminou por duas vezes o jogo antes do tempo terminar.

Dizem que foi insólito,  mas ninguém ainda disse quanto lhe pagaram...

TAP, Ranking

 A transportadora aérea nacional foi considerada entre as dez mais seguras companhias aéreas. 

Sobre a TAP, não há apenas más notícias. As boas também merecem ser divulgadas, ainda que não vendam tanto papel...

Debates

 Quem andar razoavelmente informado, conhece a ideologia e a prática dos partidos políticos,  pelo menos dos que têm representação parlamentar. 

Os debates, que por esta altura são feitos nas televisões, visam, supostamente, esclarecer os eleitores sobre as propostas e os programas dos diferentes partidos. Nada de novo portanto. 

Porém, a transparência que devia caracterizar as intervenções, nem sempre está presente, pois alguns não se arriscam a que se descubra o que subjaz à sua ideologia se fosse levada à prática. 

Cazaquistão

 Oficialmente a chamada "cortina de ferro" dos tempos da guerra fria já não existe. Porém, isso não significa que a Rússia não exerça a sua influência nos países da região. 

É o que está a acontecer no Cazaquistão - cujo presidente estava a ser contestado nas ruas e, por isso,  o seu amigo Vladimir Putin mandou avançar o Exército Vermelho, ou já será doutra cor?

Frases letais

 "Não vou para o governo para desenrascar", disse Rui Rio.

É uma frase demasiado longa. Devia ficar-se por: Não vou para o governo e não erraria...

Promessas

 Com o aproximar das eleições legislativas,  os líderes partidários desdobram-se em promessas. Há quem prometam a descida de impostos em um ponto, algo que tem somente um efeito propagandístico, uma vez que, precentualmente, é  pouco menos que irrelevante para quem paga.

Enfim! É  a campanha no seu melhor...

O bebé não teve culpa...

Algures no Chile foi dado a um bebé um estranho nome: Griezmann Mbappé.

Que falta de imaginação!