sábado, junho 30, 2007

História sem moral

"Se quisermos resumir a história em breves linhas, temos aqui um militante comunista que se vale da sua posição de médico para fazer propaganda política junto dos utilizadores do Centro de Saúde onde trabalha, de uma máquina partidária socialista com poder bastante para enredar o governo nas águas turvas da pequena política das vaidades locais, de um vereador do PS que intriga para roubar um cargo ocupado pela mulher de um militante do PSD e de um ministro suficientemente convencido e pouco esperto para se deixar envolver nesta novela minhota de faca e alguidar." (João Pinto e Castro - Blogoexisto)

sexta-feira, junho 29, 2007

Motoristas e camiões

"São muitos os funcionários que confundem um serviço público com a cabine de um camião." (O Jumento)

Às vezes?!!!

"O ministro da Saúde foi a uma conferência. No meio da conversa pública (e gravada) sobre um assunto de actualidade - o desperdício de medicamentos - alguém na sala abanou um saco com medicamentos entregues nas farmácia por quem já não precisava deles. Valiam "1700 euros", anunciou-se. E perguntou-se: "O que fazer com isto?" O ministro Correia de Campos respondeu (resumo, mas isto é o essencial): "Ofereçam a pobres." A partir daqui podia discutir-se haver, ou não, um plano nacional de recolha de medicamentos a mais. Pois na manhã de ontem, rádios e televisões passaram o tempo a falar do seguinte: o ministro dissera para dar a pobres "medicamentos fora de prazo." Não houve uma alminha a pensar que se o assunto fosse mesmo aquele - o ministro da Saúde querer dar medicamentos fora de prazo a pobres - havia uma notícia terrível. Que era: "O ministro da Saúde está maluco." A meio da manhã, soube-se qual era, afinal, a notícia (benigna): às vezes há jornalistas tolos." (Ferreira Fernandes - DN)
(sublinhados nossos)

quinta-feira, junho 28, 2007

Trabalho infantil? Na televisão não faz mal...

"15 autos de contra-ordenação a casos verificados nos audiovisuais, designadamente "pela participação dos menores em telenovelas, algumas delas bastante conhecidas". (JN)

quarta-feira, junho 27, 2007

"Portela: Aeroporto é o quarto pior da Europa..."

Quem encomendou este estudo?

terça-feira, junho 26, 2007

Nunca mais começa o campeonato…

Fernando Seara, comentador benfiquista do “Dia Seguinte”, não quis deixar os seus créditos por mãos alheias e, na senda do portista Rui Moreira, comentador do “Trio de Ataque” que defende a Portela+1, avança hoje com Alverca, Montijo e Sintra. Ou seja, “Portela +3”.
Certamente levado pela ligeireza inimputável do comentário desportivo, Fernando Seara esquece a incompatibilidade de Alverca e Montijo para operarem em simultâneo com a Portela e dá de barato as névoas eternas da Praia das Maçãs (Sintra), rematando com uma exigência de duvidosa boa fé: “todos os estudos são necessários”.
Pois, talvez no Magoito...

segunda-feira, junho 25, 2007

Referendo e democracia

Modernamente não se conhecem regimes democráticos que assentem na democracia de bases e a história já demonstrou que as chamadas “democracias populares” são meras ditaduras.
Por muitos defeitos que tenha, o modelo representativo, onde os eleitores escolhem periodicamente os seus representantes, é a formula que melhor respeita a liberdade individual e permite o maior desenvolvimento das sociedades.

Na democracia representativa, o referendo só deve ser usado em situações extremas pois a sua legitimidade é sempre feita à custa da legitimidade dos representantes eleitos.
Por outro lado, não foi a “democracia referendária” que permitiu o desenvolvimento dos países da Europa Ocidental e deu corpo à União Europeia.

Ao banalizarem o recurso ao referendo, os líderes partidários não têm consciência de que uma das consequências do referendo é a relativização dos partidos.

domingo, junho 24, 2007

Fair Play

Para lá da linguagem típica de quem nunca provou chá, as escutas do apito dourado reproduzidas aqui revelam o grande cinismo e a total ausência de ética com que actuam alguns conhecidos dirigentes desportivos.

Mas o escândalo maior é continuarem no activo.

sábado, junho 23, 2007

A personagem

Primeiro atribuíram-lhe as manigâncias do Freeport.
Depois inventaram as tropelias da a licenciatura.
Já em desespero, chamaram-lhe filho da puta.

Um historiador acabou por escrever a história

Afinal, tudo se resume à ficção.

sexta-feira, junho 22, 2007

Melhores filmes

O American Film Institute (AFI) publicou a lista dos 100 melhores filmes.
Os 10 primeiros (títulos em inglês):

1 CITIZEN KANE
2 THE GODFATHER
3 CASABLANCA
4 RAGING BULL
5 SINGIN' IN THE RAIN
6 GONE WITH THE WIND
7 LAWRENCE OF ARABIA
8 SCHINDLER'S LIST
9 VERTIGO
10 THE WIZARD OF OZ

Falha grave: nenhum western no top 10.

THE SEARCHERS, (12º), HIGH NOON (27), SHANE (45º) UNFORGIVEN (68) e THE WILD BUNCH (79º), constam da lista dos 100.
BUTCH CASSIDY AND THE SUNDANCE KID (73º) não é bem um western.

quinta-feira, junho 21, 2007

Abusar da foca

Um esquimó do Alasca foi acusado de ter vendido mais de 100 pénis de foca e declarou-se culpado.
Segundo a crença local, esta parte do animal tem o efeito do viagra e, embora a notícia não divulgue o modo de emprego, sabe-se que é usado com sucesso pelas mothers foca.

quarta-feira, junho 20, 2007

“E o Porto aqui tão perto”

"David Pontes é director-adjunto do Jornal de Notícias. No dia da estreia do senhor La Féria no Porto, David Pontes decidiu anonimamente, fora do horário de expediente e representando-se a si próprio, manifestar-se à porta do Rivoli conjuntamente com centenas de outros portuenses. Pois a CMP filmou-o subrepticiamente, colocou o vídeo em linha e Rui Rio «acusou» o JN de manifestar-se contra a câmara.
O vídeo está aqui, o resto no site da CMP e naqueles ecrãs norte-coreanos que Rio mandou espalhar pela cidade. Mais ainda: andaram a policiar na rede a troca de e-mails sobre a preparação do protesto e colocaram-nos também no site da CMP”. (Kontratempos)

Aqui está a prova de que o deputado do PSD, Paulo Rangel, e José Pacheco Pereira precisavam para demonstrar a tese de claustrofobia democrática.

terça-feira, junho 19, 2007

Portela mais quê?

Quem defende a opção “Portela +1” apontando para o aeroporto de Tires, ou para as bases aéreas de Alverca, Montijo e Sintra como possíveis mais uns, fá-lo com reserva mental. De facto, por diferentes razões técnicas, já se sabe que nenhum desses locais tem condições para constituir uma alternativa à Portela, e isso é o mínimo que o +1 tem de garantir.

Se, como tudo parece indicar, o Campo de Tiro de Alcochete tiver condições para aí se construir um aeroporto, deve ser essa a opção +1, pois é um local compatível para poder operar em simultâneo com a Portela e tem espaço para ser progressivamente aumentado até se transformar no principal aeroporto da região de Lisboa.

Por isso, e para desmascarar as artimanhas dos que sempre se opuseram à ideia de um novo aeroporto para a região de Lisboa, em vez de “Portela +1” é melhor começar a falar de “Portela + Alcochete” e fiquem atentos às suas reacções.

segunda-feira, junho 18, 2007

Azias

Aproveitando as férias futebolísticas, Rui Moreira, comentador do Trio de Ataque (RTPN), pôs o boné de Presidente da Associação Comercial do Porto e juntou-se à equipa portista (Miguel Cadilhe, Ludgero Marques, etc.) que combate a ideia de um novo aeroporto para Lisboa.

Desta vez a justificação fundamenta-se no facto de a Associação Comercial do Porto não ter participado no estudo da CIP, mas, tanto quanto se sabe, a Associação Comercial de Lisboa também não participou, e muito menos parece interessada numa eventual discussão sobre Pedras Rubras.

Com esta mesma camisola, mas sem grandes resultados, esta equipa já tinha combatido a Expo 98 e a Ponte Vasco da Gama.

Jacinto Leite Capelo Rego

Um nome comum num partido sexy.

domingo, junho 17, 2007

Vir ao de cima

Alguns blogues, que aplaudiram o Procurador-Geral da República, Pinto Monteiro, por ter encaminhado para o Departamento Central de Investigação e Acção Penal “as denúncias que recebeu sobre o processo de licenciatura de José Sócrates”, estão agora preocupados com a constituição de arguidos no âmbito das investigações.

Convir-lhes-ia que as investigações se ficassem pela babugem, sem perturbar as espécies de águas profundas que alimentam a má-língua e não resistem à claridade.

sábado, junho 16, 2007

Vodkozy

sexta-feira, junho 15, 2007

O “pulmão” da Portela

Ainda que a sua boa fé mereça o beneficio da dúvida, por mais que António Costa jure que quer fazer da Portela um pulmão, as crónicas dificuldades financeiras do município não vão resistir às propostas do lobby imobiliário, que tem planos menos oxigenados para aquele espaço.

Também por isso, depois da crispação da Ota, o Governo não pode cair na tentação de ignorar a hipótese “Portela + 1” para resolver as insuficiências do Aeroporto de Lisboa.

Com a probabilidade de se construir um aeroporto no Campo de Tiro de Alcochete, área que não colide com as rotas de aproximação ao Aeroporto da Portela, são cada vez mais as vozes que defendem a manutenção deste aeroporto, complementada com a construção de uma plataforma aeroportuária em Alcochete que seria progressivamente aumentada, podendo, a prazo, transformar-se no principal aeroporto da região de Lisboa.

Até agora, a única razão, nunca demonstrada com números, para acabar com o Aeroporto da Portela era a da insustentabilidade de dois aeroportos por falta de passageiros. Logo, acabava-se com a Portela.

Porém, acabar com o único aeroporto português que dá lucro, sem que para tanto tenham sido feito estudos que inequivocamente a tal aconselhem, não parece ser uma solução muito sensata para quem diz preocupar-se com as questões económicas.

Ao invés, a sua manutenção, complementada com a construção faseada e progressiva de um aeroporto em Alcochete, parece uma solução muito mais sensata e razoável.

A inclusão da hipótese “Portela +1” nos estudos a desenvolver pelo LNEC, talvez seja o “pulmão” que de que o governo precisa para ganhar fôlego e recuperar o comando dum processo que o relatório da CIP pôs nas mãos do Presidente da Republica.

quinta-feira, junho 14, 2007

Crimes paralelos

Já li e ouvi comentadores encartados e alguns bloguistas muito visitados criticar a intervenção das autoridades de fiscalização económica (ASAE) no combate à economia paralela. Esses senhores deveriam agora vir a terreiro comentar a apreensão pela Polícia Judiciária de “mais de 300 carros (roubados), uma boa parte de alta cilindrada e já totalmente retalhados, cujas peças teriam como destino a venda no mercado negro”.

Neste caso, já não se trata de feirantes esquivos, mas do exercício, às claras (“um comerciante do ramo automóvel muito conhecido na região”), de uma actividade económica que tem por objecto o crime.

A tolerância com a economia paralela dá nisto.

quarta-feira, junho 13, 2007

"Os castiços que querem calar Mário Soares nunca ajudaram o país a dar um passo em frente"

Por hoje, chega.
Graças ao José Medeiros Ferreira.

terça-feira, junho 12, 2007

Portela + 1


A Portela é o único aeroporto português que dá lucro. Vai ser fechado porque, segundo os entendidos, Lisboa ainda não tem passageiros em número suficiente para viabilizar economicamente dois aeroportos.

Por este critério, os aeroportos do Porto, Faro, Funchal, Ponta Delgada, etc. já tinham fechado.
Deixem a Portela continuar a dar lucro e façam lá a pista de Alcochete.
O Campo de Tiro também só dá prejuízo.

segunda-feira, junho 11, 2007

Dia D

Qualquer que seja a margem do Tejo que vier a ser escolhida, a partir de hoje, pouca margem restará para a discussão acerca da localização do Novo Aeroporto de Lisboa.

A decisão é entre a Ota e alguns milhares de hectares de sobreiros da margem sul, que deixaria definitivamente de ser um deserto para se transformar numa floresta de betão à custa da reserva do estuário do Tejo.

sábado, junho 09, 2007

Enxovalhos e enxovalhados

Manchete do Expresso:
“O presidente da Câmara Municipal de Vieira do Minho, padre Albino Carneiro, queixou-se a Cavaco Silva de ter sido alvo de enxovalhos por parte da responsável da DREN que, durante uma reunião de trabalho o mandou voltar para a sacristia pelo menos 15 vezes.”

Correio da Manhã (notícia sem relevo):
Abuso de poder para três ex-ministros”
“Costa Neves (Agricultura), Nobre Guedes (Ambiente) e Telmo Correia (Turismo) são apontados como intervenientes directos no processo que levou ao licenciamento do projecto imobiliário Portucale.”

sexta-feira, junho 08, 2007

Divirtam-se

Madeleine

Um telefonema, uma esperança.

quarta-feira, junho 06, 2007

“O País está cheio de arguidos inocentes”

Eis o estado a que chegou uma justiça subordinada a interesses corporativos.

terça-feira, junho 05, 2007

Direito à justiça

Não fica mal a um autarca, ou ao detentor de qualquer cargo público electivo, que se demita ou suspenda funções, caso de lhe seja aduzida acusação por crime.

Também é de esperar que o partido ou coligação que o fez eleger o pressione nesse sentido, afastando desse modo as suspeições que a sua continuidade no cargo levantaria.

Porém, produzir legislação que torne automática essa demissão, antes da justiça se pronunciar, além de violar princípio da presunção de inocência, pedra basilar do estado de direito, é bem reveladora da hipocrisia dos partidos no combate à corrupção.

Se a justiça é lenta, que se acelerem os processos, mas ninguém se pode substituir às decisões dos tribunais, nem penalizar os cidadãos, com base na sua lentidão.

segunda-feira, junho 04, 2007

Magister dixit

Bem pode José Sócrates correr na Praça Vermelha, falar mais de duas horas com Putin, dormir no Kremlin, ser ouvido na Austria ou almoçar com Sarkozy.
Para José Pacheco Pereira, o Primeiro-Ministro é um ignorante em matéria europeia.
(TSF e Abrupto).

domingo, junho 03, 2007

Escolas do crime

De vez em quando, a comunicação social dá conta de agressões cometidas por alunos, ou por familiares seus, contra professores.

Os respectivos sindicatos costumam fazer eco dessas notícias para fundamentar a falta de segurança que, em seu entender, afecta o exercício profissional dos professores. Mas a comunicação social pouco fala e não há sindicato que se lembre das principais vítimas da violência nas escolas: os alunos.

Só nos lembramos deles quando as consequências dos actos violentos assumem foros de escândalo criminoso, como aconteceu na Escola 2,3 Dr. Daniel de Matos, de Vila Nova de Poiares, onde “dois jovens tiveram de receber tratamento no Hospital Pediátrico de Coimbra vítimas de lesões graves nos órgãos genitais, depois de terem sido sujeitos a uma prática conhecida como «ida ao poste», que consiste em levar jovens com as pernas abertas a embater contra postes ou árvores.”

Não sei o que passará pela cabeça destes jovens delinquentes, mas se alguém pensava que este tipo de violência era apanágio das grandes cidades, onde as famílias dos alunos não se conhecem e o anonimato protege os infractores, esta barbaridade aconteceu na pacatez de um concelho rural, de “grande beleza paisagística”, com apenas 7.291 habitantes.

A tolerar praxes que maltratam os órgãos genitais dos jovens, vai ser difícil aumentar a taxa de natalidade, como recomenda o Presidente da República.

sexta-feira, junho 01, 2007

Descalçar a (b)Ota

Desde a campanha para as presidenciais que Cavaco Silva se esquiva a pronunciar-se sobre o novo aeroporto de Lisboa.
Ao escolher o momento em que o país se escandalizava com o deslize de Mário Lino sobre a margem Sul, para pedir um consenso técnico e político sobre este assunto, o Presidente da Republica colocou-se objectivamente ao lado dos que têm vindo a contestar a opção da Ota.

Ao fazê-lo, assumiu também perante o país uma responsabilidade que até esse momento não lhe era imputada.

Em assuntos desta natureza, raramente um debate na Assembleia da República altera as posições dos partidos e o mesmo pode acontecer no debate sobre a localização do futuro aeroporto de Lisboa.

Em tal cenário, o "Governo vai fazer aquilo que deve”, avisou José Sócrates ontem na Assembleia da República, lugar onde o Presidente disse que queria ver o assunto discutido.
O que o Primeiro-ministro “disse” foi que não se dispõe a eternizar o debate sobre a localização do Aeroporto de Lisboa, nem vai atrasar as decisões de que depende o início do projecto.

Cavaco Silva pode discordar, mas terá de arcar com a responsabilidade de ter prejudicado o maior e o mais determinante investimento do país para a próxima década.