segunda-feira, fevereiro 29, 2016

"Amigos para siempre"

"Passos Coelho vai cantar “Amigos para Siempre“ na despedida de Cavaco Silva"

sexta-feira, fevereiro 26, 2016

Até os mercados gostaram...

"Moody's aplaude governo pela aprovação do orçamento"

O PSD de Passos Coelho, e o seu parasita de estimação CDS, esforçaram-se a desacreditar o orçamento apresentado pelo governo  do PS apoiado pelo BE, PCP e Verdes.
No parlamento Europeu, como  já vem sendo habitual, Paulo Rangel comportou-se de forma execrável, denegrindo o país e o seu governo, denotando uma falta de patriotismo inaceitável num representante da nação.
No entanto, nem uns nem outros conseguiram convencer a Comissão  Europeia, nem os mercados

Contrariamente aos vaticínios  da direita portuguesa e dos comentadores ao seu serviço que enxameiam jornais e televisões, a Moody's, uma das agências de rating que os defensores das políticas de austeridade invocam para sobrecarregar os países em  dificuldade, afinal gostou do orçamento e gostou sobretudo que tivesse sido aprovado, não se abespinhando com os votos favoráveis do BE ou do PCP, como fizeram o PSD e o CDS, manifestando enormes carências de cultura democrática.

quarta-feira, fevereiro 24, 2016

Raivinhas e ranger de dentes

Não me refiro ao mau perder do PSD, cujo líder tirou do baú a farda social-democrata a tresandar a  naftalina e montou  um espectáculo de vaudeville para continuar a vender a banha da cobra que quase matou os portugueses. Apesar da lábia, os espectadores não vão na conversa para boi dormir e deixam-no falar para as paredes.

Também não me refiro ao CDS, cujo irrevogável líder se escapuliu pela porta dos fundos quando lhe tiraram o pote, deixando o partido entregue à vaquinha do presépio, que não tem tetas para tanto mamão e vai fazendo olhos melados ao PSD enquanto aguarda que o PS se liberte do feitiço lançado por Catarina Martins...

As criticas destes partidos ao orçamento de 2016 são meros ressentimentos pela perda do pote.   

A minha atenção  vai para os comentadores que durante mais de quatro anos bajularam a coligação PSD/CDS e se comportam como vuívas da defunta PaF.  Ainda atordoados pelo safanão   com que António Costa esfrangalhou a cassete da TINA (There is no alternative) que os formatava, recusam a aceitar a realidade e agarram-se a qualquer indício  que possa fragilizar o governo de esquerda  avolumando-o com uma salgalhada de mentiras, especulações  e palpites, que seria ridículo se não fosse perigoso para o país, como foi a campanha de mentiras a que deram cobertura durante o governo Passos/Portas. 

Não importa que o orçamento preveja o aumento das pensões e do rendimento das famílias e, simultaneamente, a diminuição dos respectivos impostos. Para estes vendilhões de mentiras a austeridade mantém-se, porque aumenta o imposto sobre o tabaco e sobre os combustíveis...


segunda-feira, fevereiro 22, 2016

O homem rastejante

Pedro Passos Coelho, depois de ter sido durante quatro anos no governo um exemplar Homo genuflexus, apresenta-se agora na oposição como modelo do Homo firmus e erectus na relação com Bruxelas. É verdade que para usar na lapela o verbo "social-democracia sempre" tem de apagar do cadastro as máculas neoliberais - não vale a pena negar o óbvio, aquilo que se fez no Portugal do ajustamento foi privatizar a eito, cortar despesa pública para reforço do setor privado, aumentar impostos à bruta e desregulamentar o mercado de trabalho para facilitar o capitalismo selvagem - que lhe iluminaram o caminho da governação. Mas, mesmo na retórica de campanha eleitoral, exige-se decoro. Se António Costa "ajoelhou" perante a Comissão Europeia veremos mais adiante. É verdade que a austeridade não acabou e, como diz Passos Coelho com razão, foi rebatizada, com o Orçamento a passar de austeritário a restritivo. Como já aqui disse, a austeridade de direita foi substituída pela da esquerda. De uma a outra, venha o diabo, mas esta é seguramente mais equitativa e, por isso, mais justa do ponto de vista social já que não recai sobre os rendimentos do trabalho e, pelo menos, impõe aos habituais isentos de esforço a obrigação de contribuírem para a comunidade. Mas, pelas almas, que autoridade tem o anterior primeiro-ministro para encher a boca com tais denúncias? Seguramente que nem os seus acólitos mais entusiastas se esquecem das idas regulares à chancelaria alemã para fazer provas de diligência e promessas de ir além da troika à senhora Merkel. Ou das imagens recorrentes da subserviência de Vítor Gaspar em Bruxelas perante o poderoso senhor Schäuble. Ou mesmo da exibição de Maria Luís Albuquerque em Berlim, em vésperas de eleições, como modelo de aluna bem-comportada. Ajoelhar é isto. Aceitar tudo sem questionar ou sequer tentar negociar. Aquilo que o atual governo fez foi, apesar de tudo, diferente. Negociou, cedeu como é próprio destes processos, e, como escrevia Freitas do Amaral nesta semana na Visão, conseguiu na Comissão Europeia e no Eurogrupo a aprovação de um Orçamento social e não neoliberal, o primeiro desde a criação do euro. De Passos Coelho aquilo que temos para recordar são anos a fio a genufletir e a resignar, por opção ideológica, em nome de uma saída limpa que, confirmamos hoje, está crivada de nódoas.

(Nuno Saraiva - DN)

domingo, fevereiro 21, 2016

Armadilhas de Bruxelas

"A “Europa” actual quer a queda do governo Costa e por isso o humilha com novo pacote de austeridade, e força a ruptura com o BE e o PCP."

"Não sei se isto resulta  governo de centro-esquerda mais Presidente moderado —, mas, aqui sim, não vejo outra alternativa hoje. Pode haver amanhã, mas hoje não há, ou há sucesso ou há desastre."

"O comportamento de diktat europeu para as décimas do défice, a sucessão de declarações hostis sobre os “riscos” da política portuguesa de incumprimentos vários às “regras” do Tratado Orçamental, contrasta com a complacência face a idênticos incumprimentos do governo anterior, que, como era “amigo”, tinha margem de manobra e podia no fim esnobar dos relatórios do FMI, que hoje brande contra o PS."


sábado, fevereiro 20, 2016

É a cumplicidade que os une

Passos Coelho saiu em defesa do governador do Banco de Portugal, Carlos Costa. Ainda bem que  o defende pois Carlos Costa passou os últimos quatro anos a fazer de capacho do seu governo, em vez de se preocupar com o sistema bancário.
Se outras razões não houvesse, e há, o processo do BES/Novo Banco e o caso Banif seriam suficientes para que o governador pusesse o lugar à disposição, se Carlos Costa fosse responsável e assumisse as suas responsabilidades. 
Porém, tal como o seu cavaleiro andante, Passos Coelho,  o que os caracteriza não é a verticalidade, é a falta de vergonha.


" Tenho que lamentar a forma como a administração do Banco de Portugal tem vindo a arrastar uma decisão sobre esta matéria, a impedir que rapidamente esta solução proposta pelo Governo, e que foi aceite já pela maioria dos lesados do BES, pudesse estar já implementada".

Se isto é um ataque descabelado, como lhe chama o líder do PSD, ainda não viu nada. A questão é  outra: Passos Coelho e Carlos Costa empurram os problemas com a barriga, como fizeram com o BES e o Banif, António Costa resolve-os.

sexta-feira, fevereiro 19, 2016

Maus hábitos

Os autarcas do Porto estão habituados a tratar Lisboa como se a capital fosse a causa de todos os seus problemas. Desta vez, a vítima dos complexos regionais de que padecem foi Vigo, mas ao contrário de Lisboa, que os deixa a falar sozinhos, os galegos deram-lhes troco: "Autarca de Vigo corta relações com o Porto"

Andaram anos a tentar fortalecer o Eixo Atlântico, mas o egocentrismo e a megalomania dos autarcas do Porto são incompatíveis com um relacionamento em pé de igualdade com os outros municípios que o integram.

"Quien todo lo quieretodo lo pierde"


quarta-feira, fevereiro 17, 2016

Uma boa notícia

segunda-feira, fevereiro 15, 2016

"A máfia laboral" tem cor política...

Como é possível termos chegado até aqui? O processo não começou agora, mas acelerou-se vertiginosamente nos últimos anos. A ideia de fundo é simples: “dar trabalho” a alguém é um favor, ter um emprego não é um direito, mas um privilégio. Para fazer vingar esta ideologia foi preciso impor a precariedade como regra (falsos recibos verdes, falsas bolsas, trabalho temporário, subcontratação, aniquilação da contratação coletiva), reinventar modalidades de trabalho forçado (como os contratos de emprego inserção), generalizar os estágios como o único enquadramento para os jovens e desproteger os desempregados, para submete-los a todo o tipo de pressão e de chantagem. O resultado está à vista. O salário médio dos novos empregos ronda o salário mínimo. Um em cada dez trabalhadores é pobre, mesmo tendo emprego. 150 mil trabalhadores ganham menos que 300 euros. O país foi transformado num offshore laboral.

domingo, fevereiro 14, 2016

O nervoso miudinho dos mercados e a chantagem da direita


O sobe e desce dos mercados está a ser atirado contra António Costa, como se ele fosse o responsável pela retracção da economia chinesa, dos problemas do Deutsche Bank, e da Societé Generale.


Não é a primeira vez que a direita se aproveita da voracidade dos mercados  para chantagear o país.


sexta-feira, fevereiro 12, 2016

A desgraça dos últimos anos


Ao alinhar com as posições da troica, que exigiu flexibilidade no direito laboral, o governo PSD /CDS destruiu a já de si precária segurança dos trabalhadores deixando-os à mercê das arbitrariedades  e conveniências dos patrões.
A falta de flexibilidade laboral foi mais uma  das grandes mentiras com que o governo de Passos Coelho enganou os portugueses, colocando-se declaradamente contra os trabalhadores. 
As reações da direita interna e externa ao orçamento do estado para 2016, que  tenta repor justiça nas relações de trabalho e devolver aos trabalhadores o que lhes foi tirado nos últimos anos, insere-se na mesma ótica de empobrecer a classe média em favor dos detentores do capital, que orientou a política do governo de Passos Coelho e Paulo Portas.

O resultado aí está: Portugal é um dos piores da OCDE para se trabalhar. 
Uma a autêntica desgraça.

quarta-feira, fevereiro 10, 2016

Os conselhos de António Costa

António Costa aconselhou os portugueses a deixarem de fumar, preferirem os transportes públicos e moderarem o recurso ao crédito. Conselhos pacíficos e politicamente correctos, visando minorar o impacto  negativo de algumas medidas orçamentais.

Porém, a irrequitude das redes sociais não se compadece com boas intenções e muito menos com o  bom senso do primeiro-ministro, desatando a ironizar os prosaicos conselhos. 
Algumas brincadeiras tiveram piada,  mas são sobretudo sintomáticas da pseudo-cultura que prolifera nessas redes.


segunda-feira, fevereiro 08, 2016

A mentira da social-democracia

Às vezes, bastaria não ser mentiroso, mas, sem a mentira, não seria a mesma coisa, ou seja, a direita não seria de direita.
A mentira é a coluna vertebral da ideologia da direita portuguesa. Os honestos que por lá andam, não aguentam e, tarde ou cedo, acabam por seguir outros caminhos.

Quando Passos Coelho, o homem que conseguiu pôr o PSD à direita do CDS, se recandidata à liderança com o slogan "social-democracia sempre" está a lembrar aos militantes a mentira do fundador, Sá Carneiro, que inventou essa mentira para enganar a Internacional Socialista, o que não conseguiu. Desde então, de cada vez que um lider do PSD se reclama social-democrata, está apenas a repetir a mentira fundacional do partido.

Se fosse apenas essa "a mentira" do PSD, sendo sintomática, seria apenas ridícula. O problema é que uma mentira nunca vem só e os últimos quatro anos mostraram que a mentira é a pedra basilar da sua ideologia, disputando taco a taco com o CDS a liderança do campeonato dos mentirosos.
Na campanha destes partidos contra o orçamento de 2016 ainda não se ouviu uma verdade. Comparar a austeridade fiscal deste orçamento com qualquer outro orçamento dos últimos quatro anos é comparar a rua da Betesga com a avenida da Liberdade.

sábado, fevereiro 06, 2016

A TINA e a TIA

Corre por essa Europa um terrível medo e não estou a falar do terror do estado islâmico.
Desde a crise de 2008, que a direita europeia aproveitou para tomar o poder na Comissão e demais instituições da U. E., a ideologia do empobrecimento como forma de reabilitar os países em dificuldades assumiu foros de verdade axiomática: A famosa TINA (there is no alternative), que fez escola no jornalismo português,  ridicularizando quem se atrevia a apontar alternativas à política de austeridade, mesmo que fosse alguém com um prémio Nobel  de economia.

A teoria de que o povo desses países vivia acima das suas possibilidades justificou os cortes de salários e o fim de muitos benefícios sociais. A economia dos países intervencionados recuou décadas com os programas que supostamente a iriam recuperar.

Entretanto, pode parecer que a TINA perdeu adeptos, mas não se iludam. A euforia com que a direita portuguesa secundou os "avisos" com que a Comissão Europeia pressionou o governo português no processo do orçamento para 2016, denuncia que os abutres apenas espreitam a oportunidade para voltarem a atacar. 

E, no entanto, enquanto esperam, não conseguem disfarçar o terror porque António Costa teve a coragem de substituir a TINA pela TIA (There is alternative). 





sexta-feira, fevereiro 05, 2016

Os manipuladores

Desde que a direita se apoderou da comunicação social, o pluralismo desapareceu dos jornais, das televisões e do comentário político.
A informação que a comunicação social faculta é  obscena e descaradamente manipulada, sem o mínimo respeito pelos cidadãos.
Enquanto governo negociava um orçamento que aliviasse a austeridade que nos empobreceu nos últimos anos, a comunicação social portuguesa  defendia abertamente as teses da Comissão Europeia, cujas receitas são bem conhecidas: privatizar ao desbarato, cortar pensões e salários e fomentar os despedimentos para aumentar a base de recrutamento do capital.

Uma comunicação social ideologicamente encostada à  direita só podia dar nisto. 
Uma vergonha.

terça-feira, fevereiro 02, 2016

Tirar aos pobres para dar aos ricos

"Governo PSD-CDS aumentou gestores públicos em mais de 150%".


Mais uma  decisão da  defunta PaF tomada à socapa, já na porta de saída.
Como a venda  da  TAP...

segunda-feira, fevereiro 01, 2016

O exemplo vem de cima

Se o dono - que o "economista" da SIC gosta de convidar para nos dar lições de moral(!) - mudou a sede para a Holanda para não pagar impostos em Portugal, não é de estranhar que tente esconder a origem da carne de porco que vende nos seus supermercados, trocando gato por lebre.
A tática do esconde-esconde não se aplica apenas aos impostos...