domingo, novembro 30, 2008

Era o que apetecia...


Koh Chang, Tailândia

sábado, novembro 29, 2008

Yuppies Fora de Prazo

Há muito, muito tempo existiu um boi imponente. Um dia o boi andava a pastar à beira de um charco e foi avistado por uns sapos que saltavam à sua frente. Um deles, mais vaidoso, ficou particularmente impressionado pelo porte do touro e, roído de inveja, disse para os outros sapos:
- Que touro enorme! Se eu quisesse ficava tão grande como ele.
Dizendo isto, começou a inchar, inspirando, inspirando, e em pouco tempo duplicou de tamanho.
– Já estou tão grande como ele? – perguntou.
– Não, ainda estás longe! - responderam os outros sapos, rindo-se.
Indiferente à troça, o sapo vaidoso continuou a inchar, a inchar até não poder mais.
– E agora, já sou tão grande como o touro?
– Não, ainda estás longe, mas é melhor ficares por aí – avisaram os outros.
Mas a única coisa que ele tinha maior que o touro era a vaidade e, ao fazer mais um esforço, rebentou! (
Esopo)

Há um ano, quando o preço aconselhava vender, João Rendeiro empenhou o Banco Privado Português em muitos milhões de euros para comprar acções do BCP e incendiava as assembleias de accionistas que levaram à substituição da Administração do Millennium BCP.
João Rendeiro liderava Banco Privado Português, que representava 0,2% do sistema bancário, mas queria controlar o Millennium BCP que representa mais de 20%, ou seja, 100 vezes mais.
O Banco Privado Português tem 3.000 (três mil) clientes, o Millennium BCP ultrapassa os 3.000.000 (3 milhões).
O Banco Privado Português está tecnicamente falido.
João Rendeiro demitiu-se ontem.

sexta-feira, novembro 28, 2008

E agora, algo completamente diferente...

"Fenprof pede demissão da ministra e apela a greve de cem por cento dos docentes" (Público)

Breaking News

quarta-feira, novembro 26, 2008

Mau Negócio, ou Reserva Mental?

O Bloco de Esquerda retirou a confiança política e rompeu o acordo com vereador da CML, José Sá Fernandes que, embora independente, foi eleito com o apoio deste partido.
Segundo o Diário de Notícias, “a gota de água foi o facto de Sá Fernandes ter decidido aceitar do presidente da câmara, António Costa, um reforço das suas competências na área do ambiente”.

A separação já motivou diversos comentários de figuras do BE (Luís Fazenda, Daniel Oliveira…), que acusam o vereador de se desviar do “programa que foi submetido ao voto dos lisboetas".

Não há desculpa para esta atitude do BE. De facto, em vez de se ocupar com a resolução dos problemas que encontrou, o BE preferia que o seu vereador se eximisse às responsabilidades e ficasse livre para tarefas que não são difíceis de adivinhar.
Ao contrário do BE, que se especializou em politiquice e foge das responsabilidades politicas como o diabo da cruz, José Sá Fernandes já tinha dado provas de que era capaz e até gostava de assumir responsabilidades, sujeitando-se naturalmente a errar, como acontece com quem trabalha e não se limita a teorizar…

Por isso, não é ele que deve ser acusado de não corresponder às expectativas, mas o Bloco de Esquerda, que mais uma vez provou ser um partido de mero protesto, incapaz de assumir responsabilidades executivas, e que viu na eleição do seu vereador apenas mais uma frente de combate para atacar o governo de José Sócrates.

Por fim, convinha não esquecer que o programa que saiu vencedor, depois “submetido ao voto dos lisboetas”, foi o do PS, não o do Bloco de Esquerda.

segunda-feira, novembro 24, 2008

Os Homens do Presidente

Cavaco Silva não gosta de ver o seu nome associado à marosca do BPN. Mas não pode negar que saíram da fina-flor do cavaquismo os génios que levaram o banco à falência e praticaram actos que repugnam a qualquer pessoa de bem.
Por isso, para não ser associado a gente tão pouco recomendável, o Presidente devereria ter sido mais cuidadoso com as escolhas, sem esquecer o que o povo ensina: Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és.

domingo, novembro 23, 2008

Um Comboio Para Barca d’Alva (IV)

«Desta é mesmo de vez». Pelo menos é essa a convicção do Presidente da Câmara de Figueira de Castelo Rodrigo que parece ter já garantido as verbas necessárias à reactivação da Linha do Douro, entre o Pocinho e Barca d’Alva.
Aqui, em A Forma e o Conteúdo, este projecto sempre mereceu o nosso apoio (textos de Junho de 2005, Outubro de 2006 e Dezembro de 2007).

Na Estação de S. Bento, em breve vai voltar a ouvir-se: Vai partir com destino a Barca d'Alva o comboio da linha do Douro.
Ocupem os vossos lugares.

sábado, novembro 22, 2008

Ruído e Poeira

É o que resulta da urgência com que Dias Loureiro se expõe na praça pública, exorcizando crimes que a justiça ainda não lhe imputou.
Porquê a pressa? Não confia na justiça dos tribunais?

sexta-feira, novembro 21, 2008

Grande Entrevista!

Judite de Sousa fez uma entrevista crispada a Maria de Lurdes Rodrigues. Só o anúncio da entrevista a Manuel Dias Loureiro pôs um brilhozinho nos olhos da jornalista…

Evoluções

Como “o poeta maior dos poetas menores" se transforma “no político maior dos políticos menores”.

quinta-feira, novembro 20, 2008

Lugares Comuns

A Fenprof manipula e Mário Nogueira não é sério.

quarta-feira, novembro 19, 2008

Ciência Política

Se, "não ter grande simpatia pelo regime democrático parlamentar” , “pretender o desaparecimento do PS” e “preferir o PSD no poder” , é ser de esquerda, o que terá sido a União Nacional?

As Ironias de Manuela

terça-feira, novembro 18, 2008

Pelo Porto de Lisboa

Antes de mais, quero que Lisboa seja o que sempre foi: uma cidade portuária. E uma cidade portuária competitiva. Sendo a capital europeia do Atlântico, banhada por um enorme estuário, seria absurdo que não o fosse. Uma cidade viva não é um museu ou um enorme bar. Tem de ter actividades económicas, tem de ter comércio e tem de gerar emprego. É da natureza das cidades.
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….Concluindo, acho bem o alargamento do terminal de contentores e tudo o que tenho ouvido me faz pensar que Alcântara é o melhor lugar para o fazer e que isto será benéfico para a economia lisboeta (estranhamente ninguém parece achar que isso, a “economia lisboeta”, exista).”

Daniel Oliveira junta-se aos que defendem o alargamento do terminal de contentores em Alcântara (sublinhados nossos). O contrato da Liscont é outro assunto. Ler o texto completo no Arrastão.

segunda-feira, novembro 17, 2008

Só nos dão bola...

Seria impensável ler isto num jornal desportivo: “A palavra claque é hoje imediatamente relacionada com crime organizado.”

domingo, novembro 16, 2008

Objectivo Final

"Esse é o objectivo final das corporações que governam de facto entre nós e do sindicalismo conservador que, em associação com elas, visa tornar o país ingovernável. Todos sabemos que é assim: na educação, como na saúde, na justiça, na administração pública, no poder local, no sector empresarial ligado ao Estado. Por isso é que, independentemente do seu feitio, do seu método ou das suas razões até, a derrota final de Maria de Lurdes Rodrigues representará o último sopro de vida de um país eternamente adiado. Depois disso, é inútil tentar reformar o que quer que seja porque está dada a receita para o insucesso. Quem vier a seguir para governar o Estado escusa até de ter programa político: pode limitar-se a dizer que não vai deixar de pagar salários, pensões e subsídios, e toda a gente ficará tranquila.»
Miguel Sousa Tavares [Expresso assinantes, via O Jumento]

sábado, novembro 15, 2008

Dois Homens Um Destino

Embora a sua estrela tenha empalidecido desde que mergulhou no submundo da CML, António Costa ainda é uma promessa do PS.
Manuel Alegre sempre foi uma promessa do PS.
Ambos são candidatos a eleições: Costa à Câmara Municipal de Lisboa, Alegre à Presidência da Republica.
Ambos têm a mesma estratégia: Estão ao lado dos contestatários na contestação ao governo. Aliás, a mulher de Costa, que é professora, não falha uma manifestação.

Ambos vão perder as eleições.

Obama e os Africanos - Dou a palavra a Mia Couto

E se Obama fosse africano?


Por Mia Couto



Os africanos rejubilaram com a vitória de Obama. Eu fui um deles. Depois de uma noite em claro, na irrealidade da penumbra da madrugada, as lágrimas corriam-me quando ele pronunciou o discurso de vencedor. Nesse momento, eu era também um vencedor. A mesma felicidade me atravessara quando Nelson Mandela foi libertado e o novo estadista sul-africano consolidava um caminho de dignificação de África.

Na noite de 5 de Novembro, o novo presidente norte-americano não era apenas um homem que falava. Era a sufocada voz da esperança que se reerguia, liberta, dentro de nós. Meu coração tinha votado, mesmo sem permissão: habituado a pedir pouco, eu festejava uma vitória sem dimensões. Ao sair à rua, a minha cidade se havia deslocado para Chicago, negros e brancos respirando comungando de uma mesma surpresa feliz. Porque a vitória de Obama não foi a de uma raça sobre outra: sem a participação massiva dos americanos de todas as raças (incluindo a da maioria branca) os Estados Unidos da América não nos entregariam motivo para festejarmos.

Nos dias seguintes, fui colhendo as reacções eufóricas dos mais diversos recantos do nosso continente. Pessoas anónimas, cidadãos comuns querem testemunhar a sua felicidade. Ao mesmo tempo fui tomando nota, com algumas reservas, das mensagens solidárias de dirigentes africanos. Quase todos chamavam Obama de "nosso irmão". E pensei: estarão todos esses dirigentes sendo sinceros? Será Barack Obama familiar de tanta gente politicamente tão diversa? Tenho dúvidas. Na pressa de ver preconceitos somente nos outros, não somos capazes de ver os nossos próprios racismos e xenofobias. Na pressa de condenar o Ocidente, esquecemo-nos de aceitar as lições que nos chegam desse outro lado do mundo.

Foi então que me chegou às mãos um texto de um escritor camaronês, Patrice Nganang, intitulado: "E se Obama fosse camaronês?". As questões que o meu colega dos Camarões levantava sugeriram-me perguntas diversas, formuladas agora em redor da seguinte hipótese: e se Obama fosse africano e concorresse à presidência num país africano? São estas perguntas que gostaria de explorar neste texto.

E se Obama fosse africano e candidato a uma presidência africana?

1. Se Obama fosse africano, um seu concorrente (um qualquer George Bush das Áfricas) inventaria mudanças na Constituição para prolongar o seu mandato para além do previsto. E o nosso Obama teria que esperar mais uns anos para voltar a candidatar-se. A espera poderia ser longa, se tomarmos em conta a permanência de um mesmo presidente no poder em África. Uns 41 anos no Gabão, 39 na Líbia, 28 no Zimbabwe, 28 na Guiné Equatorial, 28 em Angola, 27 no Egipto, 26 nos Camarões. E por aí fora, perfazendo uma quinzena de presidentes que governam há mais de 20 anos consecutivos no continente. Mugabe terá 90 anos quando terminar o mandato para o qual se impôs acima do veredicto popular.

2. Se Obama fosse africano, o mais provável era que, sendo um candidato do partido da oposição, não teria espaço para fazer campanha. Far-Ihe-iam como, por exemplo, no Zimbabwe ou nos Camarões: seria agredido fisicamente, seria preso consecutivamente, ser-Ihe-ia retirado o passaporte. Os Bushs de África não toleram opositores, não toleram a democracia.

3. Se Obama fosse africano, não seria sequer elegível em grande parte dos países porque as elites no poder inventaram leis restritivas que fecham as portas da presidência a filhos de estrangeiros e a descendentes de imigrantes. O nacionalista zambiano Kenneth Kaunda está sendo questionado, no seu próprio país, como filho de malawianos. Convenientemente "descobriram" que o homem que conduziu a Zâmbia à independência e governou por mais de 25 anos era, afinal, filho de malawianos e durante todo esse tempo tinha governado 'ilegalmente". Preso por alegadas intenções golpistas, o nosso Kenneth Kaunda (que dá nome a uma das mais nobres avenidas de Maputo) será interdito de fazer política e assim, o regime vigente, se verá livre de um opositor.

4. Sejamos claros: Obama é negro nos Estados Unidos. Em África ele é mulato. Se Obama fosse africano, veria a sua raça atirada contra o seu próprio rosto. Não que a cor da pele fosse importante para os povos que esperam ver nos seus líderes competência e trabalho sério. Mas as elites predadoras fariam campanha contra alguém que designariam por um "não autêntico africano". O mesmo irmão negro que hoje é saudado como novo Presidente americano seria vilipendiado em casa como sendo representante dos "outros", dos de outra raça, de outra bandeira (ou de nenhuma bandeira?).

5. Se fosse africano, o nosso "irmão" teria que dar muita explicação aos moralistas de serviço quando pensasse em incluir no discurso de agradecimento o apoio que recebeu dos homossexuais. Pecado mortal para os advogados da chamada "pureza africana". Para estes moralistas – tantas vezes no poder, tantas vezes com poder - a homossexualidade é um inaceitável vício mortal que é exterior a África e aos africanos.

6. Se ganhasse as eleições, Obama teria provavelmente que sentar-se à mesa de negociações e partilhar o poder com o derrotado, num processo negocial degradante que mostra que, em certos países africanos, o perdedor pode negociar aquilo que parece sagrado - a vontade do povo expressa nos votos. Nesta altura, estaria Barack Obama sentado numa mesa com um qualquer Bush em infinitas rondas negociais com mediadores africanos que nos ensinam que nos devemos contentar com as migalhas dos processos eleitorais que não correm a favor dos ditadores.

Inconclusivas conclusões

Fique claro: existem excepções neste quadro generalista. Sabemos todos de que excepções estamos falando e nós mesmos moçambicanos, fomos capazes de construir uma dessas condições à parte.

Fique igualmente claro: todos estes entraves a um Obama africano não seriam impostos pelo povo, mas pelos donos do poder, por elites que fazem da governação fonte de enriquecimento sem escrúpulos.

A verdade é que Obama não é africano. A verdade é que os africanos - as pessoas simples e os trabalhadores anónimos - festejaram com toda a alma a vitória americana de Obama. Mas não creio que os ditadores e corruptos de África tenham o direito de se fazerem convidados para esta festa.

Porque a alegria que milhões de africanos experimentaram no dia 5 de Novembro nascia de eles investirem em Obama exactamente o oposto daquilo que conheciam da sua experiência com os seus próprios dirigentes. Por muito que nos custe admitir, apenas uma minoria de estados africanos conhecem ou conheceram dirigentes preocupados com o bem público.

No mesmo dia em que Obama confirmava a condição de vencedor, os noticiários internacionais abarrotavam de notícias terríveis sobre África. No mesmo dia da vitória da maioria norte-americana, África continuava sendo derrotada por guerras, má gestão, ambição desmesurada de políticos gananciosos. Depois de terem morto a democracia, esses políticos estão matando a própria política. Resta a guerra, em alguns casos. Outros, a desistência e o cinismo.

Só há um modo verdadeiro de celebrar Obama nos países africanos: é lutar para que mais bandeiras de esperança possam nascer aqui, no nosso continente. É lutar para que Obamas africanos possam também vencer. E nós, africanos de todas as etnias e raças, vencermos com esses Obamas e celebrarmos em nossa casa aquilo que agora festejamos em casa alheia.
(Com a devida vénia ao blogue A Terceira Noite)

sexta-feira, novembro 14, 2008

Citações

“Antes do Verão o líder da Frenprof era visto em tudo quanto era local onde Sócrates ia, tanto abusou da estratégia que teve que desistir, começava a enjoar. O líder da Frenprof e os professores do PCP desapareceram.
Agora são os "pioneiros" que fazem esperas à ministra da Educação para lhe atirar ovos, tornando impossível qualquer deslocação a uma escola.” (O Jumento)

“Uma cubana da província de Matanzas desabafou para um jornalista do “El Mundo”: “Se apanham alguém com uma dúzia de ovos, prendem-no”…
Tomaram eles arranjarem dois ovos para fazerem uma omeleta para a família e decerto, se os apanhassem, não os iam desperdiçar como arremesso político. Isso é coisa de sociedades capitalistas de abundância.” (Água lisa)

quinta-feira, novembro 13, 2008

Importa-se de repetir?

Manuela ferreira Leite tem “dificuldade em passar a mensagem”, mas arranjou uma solução:
"Não pode ser a comunicação social a seleccionar aquilo que transmite".

Que raio de mensagem…

quarta-feira, novembro 12, 2008

Esta gente não é de fiar

Mas alguém duvidava de que a persistência de Paulo Portas (e do PSD) em atacar o Governador do Banco de Portugal visava encobrir culpas próprias?

Vergonha na Cara

Luís Lobo, dirigente do Sindicato dos Professores da Região Centro (SPRC) e membro do secretariado nacional da Fenprof, admitiu hoje que “não correspondem à verdade” as acusações feitas pelo dirigente daquela federação, Mário Nogueira, à Direcção Regional de Educação do Centro, segundo as quais esta teria dado instruções aos conselhos executivos das escolas para não cederem instalações para reuniões gerais de professores.” (Público)

Este senhor é aquele do moustache, o mesmo que aparece diariamente nas televisões a chamar mentirosa à Ministra da Educação.

Agarrem-me, senão...


"Reitor da Univ. de Lisboa bate com a porta
António Sampaio da Nóvoa anunciou de imediato a recandidatura ao lugar"
O último artista a fazer este número foi Alberto João Jardim. Nem as moscas mudaram...

“Farpas da Madeira”

Não, não me vou pronunciar sobre a avaliação dos professores da Madeira.
Sobre isso, também não quero antecipar a reacção dos sindicatos dos professores…
Este texto serve apenas para informar quem nos visita de que passou a figurar na lista do lado um blogue com este nome.
Já lá devia estar, mas pode ser que ainda venha a tempo de inspirar os pândegos da claustrofobia democrática.

domingo, novembro 09, 2008

Manifestações

Os professores fizeram ontem mais uma grande manifestação em Lisboa. Embora os dirigentes sindicais digam que estão contra este modelo de avaliação, nunca mostraram disponibilidade para apoiar qualquer modelo que permitisse distinguir os bons professores dos menos bons, de forma a contribuírem, como é sua obrigação, para a melhoraria da competitividade do ensino público.
Entretanto marcaram mais manifestações: Dia 25 no Norte, dia 26 no Centro, dia 27 na Grande Lisboa e dia 28 no Sul. Rematam com uma greve em 19 de Janeiro.
"O que vai dizer a sr.ª ministra, no final do ano lectivo e a três meses das eleições, a cem mil professores? Que não vão progredir na carreira?", perguntou Mário Nogueira, num acto falhado que diz tudo sobre a boa-fé do dirigismo sindical dos professores.
No calor da inflamação, Mário Nogueira disse ainda que a Ministra da Educação não tinha vergonha na cara. Com esta tirada ficámos todos a saber o que ele tem na cara: Não é um vulgar moustache, é o rabo de fora de um rufia.

Num país onde os ministros da educação têm vida curta - enquanto os dirigentes sindicais do sector duram até à reforma -, quem manda na educação não são os ministros…
Estas manifestações visam perpetuar esse estado de coisas. Nunca resolveram qualquer problema da educação.
Bem pelo contrário.

sábado, novembro 08, 2008

"Eu, de portos, não percebo nada!"

"Eu de portos não percebo nada! Sou apenas um velho capitão da Marinha de Comércio já reformado. Apesar de conhecer todos os grandes portos do mundo, pouco sei sobre o assunto. Ainda assim, aplaudo a ampliação do terminal de contentores em Alcântara.
Mas, como disse, eu de portos não entendo patavina. Parece-me - pela experiência - que Alcântara é a melhor solução: quanto mais longe da barra, num rio como o Tejo com um canal de navegação estreito, maior o risco de acidentes.
Mas, como digo, de portos sei muito pouco: não sou como o escritor Miguel Sousa Tavares, e tantos outros que seria fastidioso enumerar, que sabe tudo e fala sobre tudo. Eu apenas sei governar navios. E, por dever do ofício, conheço os portos do mundo."
O comentário deste velho capitão reproduz a fábula: O rei, Miguel, vai nu!

quinta-feira, novembro 06, 2008

Nem tudo são rosas

Entre McCain e Obama, não tinha dúvidas, mas preferia Hillary Clinton.
A razão era simples: Temia que a eleição de Barack Obama desse força a um certo nacionalismo xenófobo e antieuropeu (responsável pelo atraso da entrada dos Estados Unidos na Segunda Guerra) que nas últimas décadas passou a integrar a matriz ideológica da comunidade afro-americana.

Espero enganar-me...
Mas porque será que “a revisão dos acordos comerciais (com outros países) para proteger os trabalhadores americanos”, defendida pelos conselheiros económicos de Obama, não me espanta?

quarta-feira, novembro 05, 2008

“...M'ESPANTO ÀS VEZES , OUTRAS M'AVERGONHO ... “

“Mas, se lá estivesse, votaria McCain.”
(José Pacheco Pereira)

"Obama Elected President as Racial Barrier Falls"





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"Barack Hussein Obama was elected the 44th president of the United States on Tuesday, sweeping away the last racial barrier in American politics with ease as the country chose him as its first black chief executive. "
(foto e texto New York Times)
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Para um preto (ainda por cima com apelidos Hussein e Obama) chegar a Presidente dos Estados Unidos da América, muita cabeça teve de mudar...

País real

O Porto de Lisboa e é um assunto demasiado sério para ficar sob a alçada da Câmara Municipal de Lisboa. Se nem as casas sabem gerir, como poderiam responsabilizar-se por uma estrutura que é vital para o país?
O Porto de Lisboa tem de ter tutela governamental.
Se quer ser útil, a arquitecta Roseta poderá começar pelo Parque Mayer, que é de Belas Artes…

terça-feira, novembro 04, 2008

Leituras do lado

“Para quem ainda não reparou, de Lisboa a Cascais há uns trinta quilómetros de frente ribeirinha reservada a praias, portos de recreio, esplanadas, restaurantes, jardins e passeios públicos. Somos uns privilegiados, e continuaremos decerto a sê-lo.
Mais ainda, ao longo das últimas décadas foram alargados e melhorados drasticamente os espaços públicos confinantes com o rio, tanto a montante (Parque Expo e Santa Apolónia) como a jusante (zona compreendida entre o Cais do Sodré e Algés).
Se erro houve, esse terá sido o de descurarem-se um tanto as actividades portuárias em detrimento das de lazer. Que sentido faz então proclamar-se em tom enfático: "Lisboa é das pessoas, mais contentores não"? Nenhum, diria eu.”
….
“O porto é uma parte vital da cidade, há que cuidar dele. Há que saber merecê-lo.”
(extraído de A Causa Foi Modificada)
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"Cadilhe não aponta o dedo aos homens que destruiram o banco de que é agora administrador. Sobre eles, que foram os culpados pela situação a que o banco chegou, nada a dizer. Não há culpas para os seus antecessores. Falando em nome do banco que enganou o Estado culpa o Estado por se ter deixado enganar. Tendo em conta que foi a instiuição que representa que não cumpriu a lei, e independentemente de não ter responsabilidades pessoais, seria a última pessoa que o poderia fazer."

segunda-feira, novembro 03, 2008

A Verdade da Alternativa (a)

Entretanto, quem continua distraído com o Magalhães e nem quer ouvir falar da Ucrânia nem de Cabo Verde é José Pacheco Pereira...

domingo, novembro 02, 2008

O Timing e a Transparência

Até posso concordar quando José Pacheco Pereira diz que “é importante sabermos quem, na redacção do jornal ou do canal televisivo X ou Y, foi assessor de Marques Mendes, Mário Lino, Sócrates, Santos Silva, Pedro Silva Pereira, Barroso ou Lopes.”

Estranha-se, no entanto, que José Pacheco Pereira só se deixe imbuir por estes impulsos de transparência quando o PSD está na oposição…

Mas não está só, quanto ao timing: também “Manuela Ferreira Leite considera que o novo aeroporto deve ser feito por fases e que o TGV não deveria avançar para já” (vá-se lá saber porquê…).

Tanto num caso como noutro, vê-se à transparência o timing que os faz falar: O PSD está na oposição…

sábado, novembro 01, 2008

Manobras perigosas